Especialista da FSFX destaca a importância da vacinação

Pediatra Maria do Socorro Anício de Moraes. Fonte: FSFX.

Tema “Proteja o Futuro: Vacine-se”

Vivida entre 20 e 27 de abril, a Semana da Vacinação nas Américas, cujo tema é “Proteja o Futuro: Vacine-se”, incentiva imunização, visando melhora da cobertura. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 60% dos municípios brasileiros não atingiram a meta de 95% de cobertura vacinal, recomendada pelo Ministério da Saúde (MS). Segundo a pediatra da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Maria do Socorro Anício de Moraes, a vacinação reduz o risco de manifestações graves que podem levar à internação e até mesmo ao óbito.

“É importante conscientizar a população que a vacina é a forma mais eficaz e segura de adquirir proteção contra uma doença infecciosa. Ao vacinar, você não protege apenas a si mesmo, mas também as pessoas ao seu redor,” disse a médica. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é responsável por elaborar a política de vacinação. É citado como referência mundial por ter cooperado tecnicamente com pelo menos três países: Estados Unidos, México e Guiana Francesa, integrante da Organização Mundial da Saúde (OMS) que oferta 45 imunobiológicos.

“Manter o cartão vacinal atualizado é importante porque, além da prevenção de doenças infecciosas potencialmente graves e fatais, também contribui para a proteção de grupos vulneráveis, como pessoas imunossuprimidas e pessoas que não podem tomar vacina por alergia. Isso é muito importante porque controla os surtos das doenças infecciosas. Quando a cobertura vacinal diminui, as doenças que já foram controladas podem ressurgir e espalhar rapidamente. Então, a vacinação completa contribui para que doenças que já foram erradicadas não voltem a se manifestar,” afirma a especialista.

A partir dos esforços do PNI, houve uma redução significativa de casos de óbito como pelo sarampo e rubéola, eliminadas no Continente, mas podem voltar pela falta de imunização. De acordo com os dados divulgados pelo DataSUS, desde 2020, a cobertura vacinal total da população não chega a 70%. Desde 1994 o Brasil tinha o certificado de eliminação da poliomielite, doença que atingiu 26.827 crianças, porém, com a queda da cobertura em 2021, o país passou a fazer parte do grupo com alto risco de volta da doença, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) ano passado.

O Calendário Nacional de Vacinação foi criado para garantir imunização para toda a população. O documento estabelece quais vacinas devem ser administradas, especificado por faixas etárias, frequência e situações especiais, como surtos ou para grupos. Atualmente, são oferecidas 19 vacinas na rotina de imunização, abrangendo não apenas crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e indígenas. “Vale destacar que as vacinas recebidas nos primeiros anos de vida são fundamentais para proteger a criança contra doenças graves como poliomielite, meningite, pneumonia e sarampo”, conclui a pediatra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *