Mãe de autista afirma: “Nada adianta pagar terapia, se não houver atenção na escola”

Foto: Arquivo Pessoal

“Não o estar na escola, meu filho precisa participar, pertencer. De nada adianta eu pagar a melhor terapia, se não houver uma atenção especial onde ele estuda para que a inclusão realmente aconteça”, está afirmação com tom de desabafo é de Aline Magalhães Werner, 30 anos, professora e também mãe de Francisco, de três anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível dois de suporte (que demanda apoio moderado). Ela mostra a preocupação, realidade para inúmeras famílias, quando assunto é educação inclusiva.

Segundo o Censo Escolar, a inclusão de alunos com algum tipo de deficiência em escolas regulares tem andado a passos largos no Brasil. Em 2022, cerca de 1,5 milhão de estudantes com deficiência estavam matriculados, número 70% superior aos 886 mil registrados em 2014. E as salas de aula comuns concentravam até 94,2% do total desses estudantes, índice que não superava a casa dos 54% em 2008. A questão, contudo, é a forma como essa inclusão tem se dado, tanto na esfera pública quanto na rede privada.

Estados e municípios têm encontrado formas diferentes de lidar com a educação inclusiva. Há municípios que têm apostado no apoio escolar. Redes municipais contam com Cuidadores de Alunos com Deficiência (CAD) da Conviva Serviços, e se transformou em referência nos Estados que ofertam esse profissional. Eles ensinam noções básicas de algumas áreas do conhecimento para ajudar o estudante a ganhar mais autonomia e a ser inserido, no contexto escolar, com acesso à alimentação, à higiene e à locomoção no espaço de aprendizado.

“Quando o diagnóstico de TEA do meu filho foi fechado, eu passei a me envolver com grupos de mães e ouvi muito bem sobre o trabalho das CADs da Conviva Serviços, como elas estimulam o aluno a tudo, desde a comer até a interagir na escola. É um trabalho admirável, porque elas colocam afeto na relação criada com o estudante, o que facilita essa evolução”, observa Aline, contando ter trocado o filho da rede particular de ensino para a municipal depois de conhecer o trabalho da Conviva Serviços.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *