A temática da equidade de gênero no mercado de trabalho tem ganhado cada vez mais destaque em meio à pauta econômica brasileira dos últimos anos. As mulheres estão a caminho de se tornar as mantenedoras da maioria dos lares brasileiros, tendo em vista que já representam a fonte de sustento para mais de 48% das famílias do país, de acordo com o mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mas ainda assim são elas que enfrentam o maior índice de desemprego, recebem os menores salários e ainda têm que lidar com até três vezes mais casos de assédio moral e sexual em ambientes de trabalho.
Estes dados, no entanto, não passam despercebidos pelo próprio mercado, em especial pelos setores de investimento e consumo, que priorizam a relação com iniciativas empresariais alinhadas ao princípio da equidade de gênero, seja dedicando a elas certificações que aumentem sua valoração ou preferindo consumir produtos criados por empresas mais plurais alinhadas ao desenvolvimento sustentável da sociedade. Para além do reconhecimento recebido, adotar políticas de equidade contribui também para a criação de um ambiente empresarial mais justo, digno e com alto potencial de inovação, no qual consta que companhias com maior diversidade de gênero possuem 21% mais chances de apresentar inovações e resultados acima da média.
Basta adotar quatro iniciativas para a empresa se tornar mais igualitária. Recrute profissionais segundo suas habilidades e seu perfil comportamental. Ouça seus colaboradores e busque formas de contribuir para o desenvolvimento deles. Políticas de igualdade de gênero não tem data para ser implementadas. Nesta época do ano, é comum que ações em prol da igualdade de gênero, como palestras e workshops, apareçam aos montes. E, lembre-se que pagamentos e oportunidades não têm sexo. No Brasil, as mulheres ganham cerca de 20% menos do que os homens, por questões como a priorização da escolha de pessoas do sexo para ocupar cargos de liderança.
Deixe um comentário