O Brasil ultrapassou, em 2022, a marca de 14 milhões de Microempreendedores Individuais (MEIs) ativos, segundo dados do então Ministério da Economia. A modalidade, que representa aproximadamente 70% das empresas, permitindo que pequenos empreendedores tenham acesso aos benefícios previdenciários, pagando uma carga tributária menor. Esse aspecto pode ser considerado primordial para que especialmente as mulheres tenham maior liberdade de escolha em sua vida profissional. Elas representam cerca de 45% dos MEIs, segundo um levantamento feito pelo Sebrae.
“A principal motivação de empreender, no caso das mulheres, é a liberdade. Assumir o poder de escolha, adquirir o que quer e quando quer. Isso não significa que ela deve dominar tudo que envolve o empreendedorismo. Aliás, não precisa dar conta de tudo: nem nos negócios, nem na vida. Incentivar o empreendedorismo passa por substituir essa ideia de vai lá e faz, afirma a empreendedora contábil Kályta Caetano. Um levantamento feito pela MaisMei em sua base de mais de 1,5 milhão de usuários cadastrados mostrou as atividades mais presentes entre MEIs mulheres, considerando a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
Para Kályta Caetano, a modalidade MEI favorece outro aspecto importante para o crescimento do empreendedorismo feminino: poder exercer suas atividades de qualquer lugar. De acordo com os dados divulgados pelo Sebrae, 38% dos MEIs trabalham em casa. As atividades MEI mais comuns exercidas pelo público feminino são: comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios; cabeleireiros, manicure e pedicure; promoção de vendas; comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal; e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar.
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