No dia oito de agosto é comemorado o Dia de Combate ao Colesterol, data criada para a conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares. De acordo com o Ministério da Saúde, quatro em cada dez adultos apresentam o nível de colesterol elevado, o equivalente a cerca de 18,4 milhões de pessoas que correm o risco de ter algum problema agudo a qualquer momento. Em pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, foi comprovado que, no Brasil, as pessoas desconhecem sua própria taxa de colesterol: 67% dos entrevistados assumiram não ter essa resposta.
O colesterol alto é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, nos primeiros quatro meses de 2020, o Brasil registrou cerca de 104 mil mortes em decorrência de alguma doença relacionada ao aparelho cardiovascular, o que significa cerca de um óbito a cada 90 segundos. Os números levantados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) são ainda mais críticos: de acordo com a entidade, 61,5% das pessoas possuem hipercolesteromia no Brasil, sendo um importante alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças cardiovasculares.
Segundo a endocrinologista Claudia Chang, pós-doutora em endocrinologia e metabologia e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o colesterol é o componente estrutural das membranas celulares do nosso corpo e está presente em vários órgãos, como cérebro e coração, sendo transportado pelo sangue por meio das lipoproteínas. O LDL (mau colesterol) é depositado nas paredes das artérias, levando ao processo de aterogênese (formação de placas). O tipo HDL (bom colesterol) tem correlação indireta com as doenças cardiovasculares (quanto maior seu nível, menor o risco).
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