O perfil de quem atua no setor da medicina veterinária tem mudado consideravelmente nos últimos anos. A profissão, que era vista como prioritariamente masculina, especialmente no atendimento a animais de grande porte, hoje tem nas mulheres a sua maioria. Últimos dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária apontam que 54% dos profissionais registrados na área são do sexo feminino, representação que também se reflete no universo acadêmico. Na Una Itabira elas somam 64% das estudantes matriculadas no curso de veterinária.
Una unidade Itabira
“A medicina veterinária foi um campo dominado por homens durante muito tempo. As mulheres não tinham oportunidades e eram desencorajadas a ingressarem na área. Quando os ideais da sociedade começaram a mudar e elas começaram a ter voz para lutar por sua representatividade, é que essa realidade começou a mudar. Hoje temos muitas mulheres atuando na área de forma brilhante e encorajadora”, destaca a coordenadora do curso de Veterinária e Agronomia da Una Itabira, Ana Caroline Doyle Torres. As mulheres precisaram percorrer um extenso caminho de preconceito e machismo para conquistarem seu valor. A tentativa de rotulá-las e limitá-las dentro da área de atuação por exemplo, é barreira enfrentada, principalmente se ela escolher trabalhar com animais de grande porte, algo que é visto como um serviço masculino.
“Eu vejo um número enorme de mulheres nas salas de aula, o que certamente tem reflexo no mercado de trabalho. E ao mesmo tempo observo a luta e a coragem dessas alunas para fazer e desempenhar o seu melhor dentro do nosso campo de trabalho, pois ainda existe muito preconceito por parte do empregador em achar que elas não vão dar conta de lidar, principalmente, com animais de grande porte. Aproveitar a data de hoje, em que se comemora o dia da profissão, é de extrema importância no enfrentamento desta causa”, conclui a professora e coordenadora do curso de Medicina veterinária da Una Itabira.
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