Estamos no Maio Laranja, mês destinado a campanha contra abusos ou exploração sexual de crianças e adolescentes. A data específica é o dia 18, referência ao caso Araceli, que em 1973, na cidade de Vitória (ES) foi vítima de crime bárbaro, chocando todo o país, e que ganhou repercussão internacional. Essa modalidade de crime é considerada quando praticado pela pessoa que usa criança ou adolescente para satisfazer seu desejo sexual, ou mesmo, ação de natureza erótica.
Em Itabira são 38 jovens vítimas dessa modalidade de violência, em acompanhamento no Creas (Centro de Referência Especializado da Assistência Social). “O Creas trabalha diretamente com essas famílias vitimadas por violência, abuso e exploração. O 18 de maio é o dia que nos lembramos do acontecimento, para poder trabalhar que nenhum outro jovem passe por qualquer violação de direitos”, disse a coordenadora da ferramenta, Ana Carolina Silva Pires Magalhães.
O abuso sexual em geral é cometido por pessoas próximas das vítimas, sem escolher classe social. Não é preciso haver contato físico para caracterizar o abuso. O agressor que vê a criança tomar banho, pedir que tire a roupa na sua frente, mostre órgão genital, dance nua ou simplesmente sente no seu colo, já está cometendo o crime. A exploração sexual ocorre quando o jovem é submetido à relação sexual em troca de algo, aproveitando que não têm consciência para tal escolha.
“Temos uma equipe preparada, não para investigar, mas de acolher a ajudar a família a cessar essa situação. É possível reinserir a criança no seio familiar. Mas sem a família não conseguimos andar, por se tratar do principal no desenvolvimento da criança e do adolescente, como parte importante nesse processo. Infelizmente a maior parte dos abusos ocorre dentro da família”, concluiu a coordenadora do Creas, ligado a Secretaria Municipal de Assistência Social de Itabira.
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