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O dia que Itabira obteve chuvas consideráveis ocorreu em 30 de março de 2024. O quadro só deve se repetir no mês de outubro, considerando as previsões meteorológicas. Um único fator positivo com a ausência de índice pluviométrico, foi o resultado do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de agosto: 0,3%. O percentual foi o menor registrado no município, ideal nas considerações do Ministério da Saúde (MS), que preconiza percentual abaixo de 1%. O registro histórico, é marco significativo no controle do Aedes aegypti, mosquito vetor de arboviroses.
De acordo com a Diretoria de Controle de Zoonoses, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), este resultado reflete a eficácia das ações contínuas dos Agentes de Combate às Endemias (ACEs) e da estratégia integrada das Secretarias Municipais no combate às arboviroses desde o fim do ano passado, pós-epidemia de dengue. Contudo, é necessário que haja uma vigilância constante e esforços contínuos, principalmente da população, para evitar novos surtos das doenças transmitidas, além da Dengue, também Febre Chikungunya, Zika-vírus e Febre Amarela.
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Ainda de acordo com a SMS, em breve será realizada uma nova capacitação para os ACEs, com foco no enfrentamento de novos desafios: prevenção da Febre Oropouche, transmitida pelo mosquito Culicoides Paraensis (maruim ou mosquito-pólvora) e Febre Mayaro que pode ser transmitida pelos mosquitos Culex sp. (pernilongo comum) e outras espécies do gênero Aedes. A formação é considerada essencial para garantir que todos os profissionais estejam preparados para lidar com os novos riscos e manter a eficácia das medidas de controle.
Antes do período chuvoso, a SMS intensificará as ações de combate e conscientização a fim de assegurar que o baixo índice atual seja mantido e, principalmente, que a população continue protegida. Ressalta-se ainda que o sucesso deste índice é um reflexo das estratégias implantadas, e do trabalho cuidadoso e vigilante dos profissionais da pasta, aliados ao Desenvolvimento Urbano (SMDU), Assistência Social (SMAS), Meio Ambiente (SMMA), Educação (SME), Coordenadoria de Comunicação Social e, especialmente, o apoio e envolvimento da população.
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Itabira conta com um Sistema de Monitoramento Integrado do Aedes (MI-Aedes) para acompanhar, em tempo real, os mosquitos Aedes aegypti, permitindo que medidas eficazes de prevenção e controle. O monitoramento dispõe de software, sistema de georreferenciamento, instalação do MosquiTRAP (armadilha) em 320 pontos de captura dos vetores, conferência semanal pelos ACEs e análise de amostra biológica. A partir destes dados é possível mensurar o grau de infestação e qual sorotipo viral está em circulação em cada microárea abrangida pelas armadilhas.
A MosquiTRAP é constituída por vaso plástico, com abertura em formato de funil, túnel revestido por cartão adesivo e água ao fundo, criadouro perfeito para o mosquito. Dentro deste recipiente, é depositado o AtrAedes, produto que libera ao entorno da armadilha uma substância atraente para a fêmea adulta. Na postura dos ovos, o inseto fica preso, permitindo mensurar semanalmente o grau de infestação e enviar os insetos coletados para análise laboratorial, na tecnologia desenvolvida no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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