“Dia do Combate ao Colesterol”: data reforça o protagonismo das medidas de prevenção

Foto: Divulgação

O mês de agosto chega com uma chamada importante para a saúde dos brasileiros. Estabelecido como “Dia do Combate ao Colesterol”, oito de março, traz destaque para o controle dos níveis de colesterol no sangue como um fator crucial para a prevenção de doenças graves. Segundo especialista, muitas vezes, o colesterol alto não apresenta sintomas, por isso é importante redobrar a atenção. A hipercolesterolemia, ou colesterol elevado, é um problema de saúde significativo que afeta uma parte considerável da população brasileira. Um dos perigos desse descontrole são as graves doenças associadas ao colesterol alto.

Em termos gerais, o colesterol trata-se de uma substância gordurosa que desempenha funções essenciais no corpo humano, contudo, manter seus níveis em equilíbrio é uma tarefa que merece muita relevância para a saúde, especialmente do coração . “Cerca de 70% dele é produzido pelo fígado e os outros 30% adquiridos por meio da alimentação, por isso a importância de uma dieta equilibrada, pois alimentos com alto teor de gordura contribuem para a alteração do nível normal de colesterol”, afirma Mário Abatemarco, farmacêutico e coordenador técnico-científico do Núcleo de Pesquisa e Inovação da Farmácia Artesanal.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, tendo motivado a morte de aproximadamente 400 mil brasileiros apenas no ano de 2022. “O colesterol elevado pode levar ao acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias (aterosclerose) isso pode estreitar ou bloquear as artérias, aumentando o risco de doenças como arterial coronariana, angina (dor no peito) e infarto agudo do miocárdio”, explica Mário Abatemarco. Para o especialista, algumas mudanças no estilo de vida de uma pessoa podem ser a chave para evitar problemas relacionados ao colesterol.

A hipercolesterolemia envolve tanto fatores genéticos quanto questões comportamentais, como dietas pouco saudáveis, sedentarismo, excesso de álcool, tabagismo e até mesmo estresse. Por isso, entre as recomendações do farmacêutico estão a prática regular de atividade física, manutenção de um peso saudável, evitar fumar, consumir bebidas alcoólicas com moderação e, é claro, uma dieta saudável. Nesse caso, é importante reduzir a ingestão de gorduras saturadas, optando por alternativas mais saudáveis a carnes gordurosas e frituras, além de evitar gorduras trans, que estão presentes em óleos parcialmente hidrogenados.

O farmacêutico alerta ainda para a preferência por gorduras insaturadas de peixes, nozes, sementes, abacates e azeite de oliva. “Alimentos ricos em fibras, como aveia, frutas e vegetais, ajudam a diminuir o colesterol ruim, enquanto alimentos com ômega-3, como salmão e linhaça, podem reduzir colesterol e triglicerídeos. Limitar o açúcar e carboidratos refinados também pode ajudar a manter esses níveis sob controle”, orienta o especialista. Já circulam pelo mundo farmacêutico algumas opções para auxiliar na missão descrita pelo especialista. Estatinas, Fibratos e suplementos podem ser prescritos quando mudanças nos hábitos não são suficientes.

Os suplementos também são uma boa opção, como o de Ômega-3 que ajuda a reduzir os triglicerídeos, com efeitos benéficos para a saúde cardíaca, e o de Fitoesteróis, que ajuda na diminuição da absorção do colesterol obtido dos alimentos pelas células intestinais. “Esses medicamentos estão disponíveis em drogarias, mas podem ser personalizados em farmácias de manipulação. Isso permite que o médico ajuste a dose e a forma farmacêutica de acordo com as necessidades específicas do paciente, reduzindo o risco de efeitos colaterais e aumentando a adesão ao tratamento”, completa Mário Abatemarco.

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