O mês de agosto é especialmente dedicado à conscientização sobre a importância do aleitamento, destacando a campanha “Agosto Dourado”, criada há duas décadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A cor está associada ao leite materno por ser considerado o padrão ouro da alimentação de bebês devido aos inúmeros benefícios que oferece. Neste ano, a Semana Mundial da Amamentação 2024 é promovida pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA), com foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030.
A meta é a sobrevivência, saúde e bem-estar em todas as situações, destacando a necessidade de melhorar o apoio à amamentação e reduzir desigualdades. Embora a amamentação seja uma grande aliada da saúde da criança devido aos seus inúmeros benefícios, que além de nutrição têm grande poder de prevenir doenças, de acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde, as taxas mundiais de aleitamento materno ainda estão muito abaixo do ideal. De acordo com o Ministério da Saúde (MS) em 2019, 52,1% das crianças eram amamentadas no primeiro ano de vida.
Os dados mostram que o país ainda está abaixo da média mundial atual e também da meta a ser atingida até 2030. A prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil no Brasil. O país é o décimo no ranking mundial da prematuridade. Associação Brasileira de Pais e Familiares de Bebês Prematuros reforça o papel essencial que a amamentação e o leite materno têm para a saúde dos prematuros, com impacto positivo para o seu crescimento e desenvolvimento saudável, além da qualidade de vida durante a primeira infância até a fase adulta, evitando crônicas.
“O leite materno de prematuros é diferente do leite produzido pelas mães de bebês que nascem a termo, principalmente no que diz respeito à quantidade de proteínas, calorias e fatores de proteção. A amamentação do prematuro, além de fortalecer o vínculo mãe-filho, muitas vezes abalado por longas permanências na UTI Neonatal, é responsável por favorecer a maturação gastrointestinal e aumentar desempenho neuropsicomotor. A amamentação é um direito e uma necessidade fundamental para a saúde das crianças, especialmente prematuros”, explica a nutricionista Simone Saldibia.
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