Detecção precoce de doenças através do “Teste do Pezinho”. Seis de junho é o seu dia nacional

Teste Pezinho. Foto: Arquivo

Nesta quinta-feira (6) lembra-se o dia nacional do “Teste do Pezinho”, exame realizado no recém-nascido, e obrigatório no Brasil desde 1992. Com o objetivo de apoiar na detecção de doenças genéticas ou congênitas, que podem interferir diretamente na vida, e no desenvolvimento da criança. Trata-se de um dos exames mais importantes, prevenindo enfermidades que possam prejudicar o desenvolvimento infantil. O “Teste do Pezinho” é o nome popular dado à coleta de sangue do calcanhar do recém-nascido, no diagnóstico de fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras enfermidades hemoglobinopatias.

Hospital Márcio Cunha. Foto Arquivo. Fonte: FSFX

Segundo recomendações do Ministério da Saúde (MS), o material deve ser coletado entre o 3º e o 5º dia de vida, realizado gratuitamente em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS). Diagnóstico crucial para evitar complicações futuras. “Com a detecção antecipada, é possível implementar tratamentos e intervenções que melhoram significativamente a qualidade de vida das crianças afetadas. Existem doenças que têm tratamento e a triagem neonatal as identificam, para que, a gente possa controlar ou até mesmo curá-las”, explica o médico pediatra do Hospital Márcio Cunha (HMC), da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Kesller Alberth Silva.

Kesller Alberth Silva. Crédito: FSFX

A importância de identificar precocemente certas condições em recém-nascidos pode ser ilustrada com o exemplo do hipotireoidismo congênito. Esta condição é caracterizada pela ausência ou redução do hormônio tireoidiano após o nascimento. “A intervenção precoce é crucial, especialmente nos primeiros três anos de vida, período em que o sistema nervoso central se desenvolve intensamente. A ausência do hormônio tireoidiano pode causar lesões irreversíveis, impactando o desenvolvimento neurológico da criança. Diagnosticar e iniciar o tratamento logo após o nascimento evita esses danos”, acrescenta o médico especialista, Kesller Alberth.

Crédito: Freepik

A falta do hormônio citado pode atrapalhar o crescimento da criança, impactando no ganho de peso, causando distensão abdominal e dificuldades na alimentação. No entanto, o tratamento é relativamente simples, com doses de reposição hormonal. Além do teste básico oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), existem variações ampliadas disponíveis em laboratórios particulares, que abrangem espectro maior de doenças. Na versão ampliada é capaz de diagnosticar mais 22 enfermidades. Ao todo, 28 que podem ser descobertas. A tecnologia avança, e a ampliação dos tipos de exames têm aumentado sua eficácia.

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