Práticas ambientais, sociais, e de governança organizacionais em evolução no país

Imagem: Freepik

As siglas ESG, abreviação em inglês das palavras Environmental, Social and Governance, (práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização), têm crescido no Brasil, segundo Alexandre Sanches Garcia, coordenador do Centro de Pesquisa em ESG da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP). O ESG pode ser encarado como um conjunto de práticas que impactam positivamente a sociedade. Por exemplo, uma empresa adotar um programa de redução de emissão no nível de gás carbônico (CO2) de suas operações, ou ao aumentar a diversidade de gênero e raça na contratação de pessoas, e não adotar práticas de suborno ou corrupção nos negócios.

“Pesquisas indicam que há uma evolução na discussão pelos executivos das empresas, pelo menos nas grandes empresas. O Centro de Pesquisas em ESG da FECAP identificou que mais da metade das empresas listadas na bolsa de valores B3 preparou, em 2022, relatórios com a divulgação das questões ESG, seja por meio de relato integrado, relatórios de sustentabilidade ou até mesmo nos relatórios anuais”, afirma o professor universitário. A prática das organizações em ESG é mais uma questão cultural do que algo regulamentado ou um “selo”, embora, no Brasil, alguns agentes reguladores de mercado de capitais, fomentem normas para que as organizações passem a incorporar tais práticas.

O especialista avalia que as práticas adotadas nas empresas brasileiras podem ser reunidas em tipos: as organizações que ou nasceram com a consciência de adoção de práticas ESG; aquelas que se orientam pelas demandas sociais e percebem que precisam mudar suas práticas e; cujos proprietários ou executivos não respeitam qualquer atitude nesse sentido. “Ao analisar os relatórios das corporações brasileiras, observamos a incorporação de temas que antes não eram relatados e nem discutidos na alta administração das empresas. Muitas delas aperfeiçoaram mecanismos em sua governança corporativa, como a criação de comitês de sustentabilidade”, comentou o pesquisador.

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