Esquete cênico “Itabirismo” em homenagem ao escritor modernista Cornélio Penna

Fonte: Coletivo Viravoltear

Entre as muitas atividades programadas para a comemoração dos 175 anos de emancipação política de Itabira, aconteceu a inauguração do espaço em homenagem ao escritor Cornélio Penna, no Museu de Itabira, segunda-feira (9). O Coletivo Viravoltear estreou a esquete cênico “Itabirismo”, curta encenação teatral. Um dos diretores, Walli Gomes, conta que o convite para integrar a programação de aniversário da cidade foi recebido com muita alegria. “É imensamente gratificante e ficamos extremamente alegres por poder contribuir com esse momento comemorativo e festivo do município. Esse convite demonstra que, além de admiração, há confiança no potencial que temos para fazer essa entrega falando de dois grandes nomes para nossa história: Drummond e Cornélio Penna, que marcaram a modernidade no país”, disse o diretor.

Walli explica que “Itabirismo” nasceu do desejo de mostrar um pouco mais da relação entre Cornélio Penna e Carlos Drummond de Andrade. O termo que dá nome o esquete cênico era usado por Penna para se referir à alma e jeito dos itabiranos, objetos de inspiração também da obra drummondiana. “O que as pessoas vão ver é um  pouquinho da essência desses dois autores. Após a morte de Cornélio Penna, Drummond disse que a cidade deveria homenageá-lo com um busto num jardim bem bonito. Cornélio dedicou um livro para a “querida amiga Itabira”, ele tinha esse sentimento de amizade, reciprocidade e companheirismo. Ele acreditava que, para além da riqueza mineral, a verdadeira riqueza era a cidade e as pessoas. ‘Itabirismo’ mostra o encontro da poesia drummondiana e da poética corneliana”, detalha o diretor.

Os atores que deram vida aos personagens são João Filipe e Moi Félix. Nascido em Petrópolis (RJ), em 1896, Cornélio Penna foi um escritor brasileiro que se destacou no Segundo Tempo do Modernismo no Brasil. Com apenas um ano de idade, sua família se mudou para Itabira, terra da família de seu pai. Porém, no ano seguinte, Penna e os irmãos foram morar em São Paulo. O escritor voltou a Itabira por mais um ano entre 1900 e 1901. “Sem dúvida nenhuma, poder nos deparar com a obra corneliana expandiu muito nossa visão acerca de Cornélio Penna, conhecendo novas facetas como desenhista, pintor e escritor. Ele marcou na literatura nacional uma característica importante: o realismo psicológico. Poder ver mais dele foi enriquecedor, tanto que estamos pensando em nos aprofundar ainda mais para trazer outros trabalhos inspirados nele”, finalizou Walli Gomes.

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