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Mais de 800 companhias com saldo a receber de consumidores negativados entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022, se cadastraram no programa de quitação de dívidas do Governo Federal, o Desenrola Brasil. Nesta etapa do programa, será possível negociar dívidas com bancos, varejistas, companhias de água e saneamento e distribuidoras de eletricidade. A União oferece garantias para a renegociação de até R$ 5 mil por consumidor que tem renda mensal igual a dois salários mínimos, ou aqueles inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
Para isso, foram disponibilizados R$ 8 bilhões do chamado Fundo Garantidor de Operações (FGO). Na opinião do coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Ahmed El Khatib, os impactos que poderão ser sentidos na economia em 2023 derivados do programa “Desenrola Brasil” ainda são incertos, já que a ferramenta foi lançada recentemente e ainda é cedo para avaliar seus efeitos a médio e longo prazo. O especialista avaliou a ferramenta.
“É possível afirmar que o programa pode contribuir para a redução da inadimplência, melhorar a situação financeira das famílias e estimular o consumo, o que pode impulsionar a economia. O programa é uma iniciativa importante do governo federal para enfrentar os desafios econômicos do país, especialmente em um momento de crise como o atual, o que pode ter efeitos positivos na economia brasileira em longo prazo. O programa pode ajudar a reduzir a desigualdade social, já que muitas pessoas inadimplentes são de baixa renda”, opina.
Ainda segundo o docente, a importância de um programa como o Desenrola Brasil para a economia brasileira é significativa, pois a inadimplência é um problema que afeta tanto as pessoas físicas quanto as empresas e a economia como um todo. “Quando as pessoas estão endividadas e inadimplentes, elas têm menos capacidade de consumir e investir, o que pode afetar negativamente o crescimento econômico. Além disso, a inadimplência pode levar a um aumento dos juros e da inflação, o que também pode prejudicar a economia”, afirma.
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