O mês de outubro é marcado pelo movimento global, “Outubro Rosa,” que abraça a saúde da mulher, e a importância da prevenção para diagnóstico precoce do câncer de mama. O número de mulheres diagnosticadas com a doença em todo o mundo é crescente. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a patologia é a que apresenta maior incidência entre as mulheres, com estimativa de 74 mil novos casos até 2025.
“Se diagnosticado precocemente, em estágios iniciais, o câncer de mama tem mais de 90% de chances de cura. Por isso é tão importante realizar a mamografia, principal exame de rastreamento da doença”, afirma o Luciano de Souza Viana, oncologista clínico do Hospital Márcio Cunha (HMC), que pertence a Fundação São Francisco Xavier (FSFX), que administra também ao Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC).
Foi praticando o autocuidado que a assistente social, Alessandra Faria Soares Assis, de 39 anos, chegou a um diagnóstico precoce. Após fazer o autoexame e perceber uma anormalidade, procurou um mastologista e foi direcionada a uma análise de biópsia, que constatou resultado positivo. Após o diagnóstico, Alessandra iniciou o tratamento especializado na Unidade de Oncologia do HMC em Ipatinga.
“É importante que todas as mulheres se toquem e procurem o acompanhamento médico periódico para prevenção. Se o diagnóstico acontecer, lutem pela sua vida. É possível vencer a batalha. Quem procura, acha cura!”, celebra Alessandra. Moradora de Ipatinga, uma das cidades atendidas pela Oncologia do HMC, referência no tratamento a pacientes com câncer de mama, entre outros tipos da doença.
Em 2022, 302 mulheres com câncer de mama iniciaram tratamento na Instituição, índice que representa um aumento de 16% no número de casos, quando comparado ao ano anterior, 2021, com 260 pacientes. A análise considera, ainda, que o público feminino com a doença é maior nas faixas-etárias entre 41 e 50 anos, e 51 e 60 anos, sendo a maior concentração de casos registrados em Ipatinga e Coronel Fabriciano.
A cirurgia da retirada dos nódulos da paciente ocorreu vinte e cinco dias após o início do tratamento. O INCA apontou uma redução significativa na procura pela mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS). “A pandemia mudou a rotina das pessoas e mesmo com a mudança do cenário epidemiológico, as mulheres se afastaram do serviço de saúde, desde a saúde básica até as mais especializadas”, ressalta o especialista.
“Dados do INCA e da Sociedade Brasileira de Mastologia mostram que apenas 24,1% das mulheres realizam o rastreamento de forma regular. Esse percentual indica que as mulheres têm buscado o consultório médico a partir de algum sintoma incomum. Se ela é parte do grupo que exige cuidados e atenção, mesmo que ela não apresente sintomas, é necessário que ela faça o acompanhamento anual”, enfatiza o oncologista.
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