As primeiras oportunidades, apesar de não claras, foram em bolas paradas, como a primeira conclusão, através de Ramon em cobrança de falta. Com sensação térmica de 30 graus, os jogadores preferiram estudar o adversário, sem marcação pressão ou jogadas de velocidades, que despende de maior desgaste físico. A resposta do visitante foi com Arian, também à distância. Jogo equilibrado e sem investir em troca de passes. O América avançou as linhas e forçava o erro na saída de bola. Os laterais dos dois times eram protagonistas da partida, na saída para o ataque, e com as jogadas de linhas de fundo.
A formação do Valério era de três zagueiros, com o volante Alberto recuado, e usado para a saída de bola. Insistindo em jogadas individuais Felipinho Moranga se apresentava, e na primeira oportunidade criada, assim, livre testou o goleiro Diego Cardoso. Ramon dividia com ele, as armações ofensivas, mas teve sua participação encurtada devido à contusão. Entrou o volante João Firmino, que ajudou a povoar o meio campo e dar mais liberdade para Marcel e Jordan, bastante usados na partida. Os escanteios eram as jogadas mais claras de gol. Clayvert, centro avante, teve participação tímida na partida.
O gol saiu aos 17, Matheus Castanha chutou a média distância, o goleiro Elzo, tentou intervir, mas a bola tocou na trave, antes de alcançar as redes do Valério, um a zero no placar. Com melhor toque de bola, o América abusava na marcação forte e chutes de longe, a ligação direta entre defesa e ataque, tônica também do Valério em toda a partida. João Gomes abusava das faltas, assim recebeu cartão amarelo cedo, e em várias ocasiões foi alvo de advertência verbal do árbitro Henrique Gonçalves do Couto. Cinco minutos após o primeiro gol, Arian finalizou cruzamento de Lima, e quase marcou o segundo.
Segundo Tempo
O técnico do Valério, Paulinho Guará promoveu duas alterações para melhorar a força do meio-campo e ataque, além da criação ofensiva. As apostas foram em Luiz Phellipe e Cristian, mais leves e de maior mobilidade, no lugar de Fornazier e Clayvert. Antes do primeiro minuto, o goleiro Diego Cardoso impediu o lance mais agudo a favor do Valério. Felipinho Moranga deixou Luiz Phellipe frente a frente com o gol, mas o arqueiro do América defendeu o chute do atacante do time de Itabira. O jogo coletivo do América chegou a oscilar, mas foi fator dominante durante a maior parte da partida.
A reação dos donos da casa esbarrava na complexidade do esquema alinhado pelo técnico do América de Teófilo Otoni, Bruno Barros, principalmente no segundo tempo, administrando a vantagem no placar. Pelo America continuavam mais acionados, os laterais: Elivelton e Matheus Lima. O jogo foi interrompido duas vezes na parada técnica. Com o placar em vantagem, o América soube se defender e passou por poucos minutos de pressão, quando houve, poucas oportunidades foram criadas. Bem marcado pelos adversários, Felipinho Moranga se tornou figura ilustrativa na criação.
Os armadores do América ajudavam na marcação, reduzindo espaços, e levando a partida ainda mais física. Em determinado momento da etapa, poucos jogadores do Valério guardavam posição, e se expuseram para buscar o equilíbrio para uma reação. O zagueiro Roger eficiente nas conclusões de bola área em outros jogos se contundiu por trauma e foi substituído por Carlos. No América, Vitinho que substituiu Kennedy lesionado, deu nova força ao meio-campo. Os visitantes souberam administrar os minutos finais. Aos 29 minutos Maicon de cabeça desperdiçou a chance mais clara do segundo tempo.
Valério: Elzo; Marcel (Bruno), Roger (Carlos), Lucão e Jordan; Alberto, Fornazier (Cristian), Maicon e Felipinho Moranga; Clayvert (Luiz Phellipe) e Ramon (João Firmino). Técnico: Paulinho Guará.
Arbitragem: Henrique Gonçalves Cardoso; Valdeci Ângelo da Silva e Pablo José Martins.
Renda: R$ 32.940. Público: 1698 pagantes.
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