O número de registros de inadimplentes recuou 0,5% em julho contra o mês anterior, dados dessazonalizados nacionais. O resultado ocorreu após um aumento de 0,4% em junho na mesma base de comparação e fez com que o indicador recuasse 1,7% no trimestre móvel encerrado em julho contra o trimestre imediatamente anterior, de fevereiro a abril. Na série de dados originais o número de registros continua positivo, mas o ritmo não é mais o mesmo de antes. Na comparação interanual foi observada elevação de 2,8% em julho e isso contribuiu para desacelerar o resultado acumulado no ano, de 13,3% de janeiro a junho para 11,9% quando considerados os dados de julho.
“A queda no número de registros, a terceira nos últimos quatro meses, reforça a ideia que tínhamos de que o pior momento ficou para trás. Se olharmos para os fatores condicionantes, tanto para os registros, quanto para a taxa de inadimplência, somente o comprometimento da renda ainda não melhorou, mas isso pode mudar um pouco daqui em diante em função do ‘Desenrola’, já que as dívidas estão sendo renegociadas com descontos e condições mais adequadas. A curva de longo prazo continua desacelerando e esse movimento, como havíamos falado nos últimos meses, deverá ser mais nítido agora no 2º semestre”, avalia Flávio Calife, economista da Boa Vista.
O indicador se manteve numa trajetória de crescimento desacelerado em 12 meses acumulados, passando de 20,0% em junho para 18,8% na aferição atual. O Indicador de Recuperação de Crédito da Boa Vista avançou 1,5% na comparação mensal e encerrou o trimestre móvel com recuo de 1,3% de acordo com os dados dessazonalizados. Em relação ao ano de 2022, e considerando o mês de julho, o estudo verificou aumento bem mais robusto, o de 21,6% no pós-pandemia, e isso contribuiu para acelerar os resultados acumulados. O ano a Recuperação de Crédito aponta alta de 16,8% e na variação acumulada em 12 meses o crescimento é ainda maior, de 19,6%.
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