Doenças crônicas não transmissíveis podem ser evitadas com melhor qualidade de vida

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), grupo que inclui enfermidades cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias, são a causa de quase três quartos das mortes em todo o mundo. O dado é da Organização Mundial da Saúde (OMS). E, embora possam se originar de fatores genéticos, fisiológicos e ambientais, comportamentos não saudáveis são considerados um fator de risco para o surgimento dessas doenças. Dentre eles estão o uso nocivo de álcool, a obesidade, a inatividade física e o tabagismo.

O Portal de Dados de Doenças Não Transmissíveis, criado pela OMS, traz informações mundiais a respeito de cada um desses hábitos. No Brasil, em 2019, o consumo de álcool foi de sete litros/ano por pessoa, acima da média mundial para o período, de seis litros. A obesidade na população acima de 20 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais que dobrou entre os anos de 2003 e 2019, passando de 12% para quase 27%. O excesso de peso ocorre em 96 milhões de pessoas: 63% mulheres, e 57% homens.

“As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no mundo e um dos principais fatores de risco é o tabagismo. Algumas de suas substâncias provocam estreitamento de artérias e inflamação, aumentando o risco de AVC, infarto e hipertensão. Evitar o tabagismo, praticar atividade física por pelo menos 150 minutos na semana, ou de 20 a 25 minutos por dia, e reduzir o sal na dieta são medidas extremamente importantes no combate a doenças cardiovasculares”, aconselha Leonardo Abreu, Médico de Família.

Os mesmos hábitos saudáveis podem ajudar a prevenir diferentes doenças. Evitar o tabagismo, por exemplo, também reduz a probabilidade de câncer no pulmão e bronquite. Quanto aos alimentos, além do sal, é indicado reduzir o consumo de açúcar e dar preferência a frutas e verduras ao invés de industrializados. Por isso, a realização de avaliações periódicas é fundamental, já que grande parte das doenças crônicas não transmissíveis não costuma apresentar sintomas no início, dificultando o diagnóstico precoce.

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