Médica alerta para os riscos da obesidade infantil

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A obesidade infantil já é considerada uma epidemia mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 340 milhões de crianças e adolescentes, entre cinco e 19 anos, apresentam sobrepeso e obesidade. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que uma em cada 3 crianças esteja nesta condição, ou seja, acima do peso esperado para sua idade, altura e sexo. Em referência ao Dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil, três de junho, a endocrinologista pediatra Pietra Moleirinho, alerta para os riscos, ocasionados pelo excesso de peso, à saúde das crianças.

“O sobrepeso ou a obesidade infantil favorecem o desenvolvimento de muitas outras doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares, articulares e ósseos”, explica. Além disso, a especialista chama a atenção para a saúde mental das crianças. Questões emocionais podem causar ou agravar a obesidade. “É importante estarmos atentos à relação com a saúde mental. Distúrbios como ansiedade, depressão e compulsão alimentar podem tanto contribuir para o aumento de peso como ser consequência da situação estabelecida,” avalia a endocrinologista pediatra Pietra Moleirinho.

Segundo a médica, nem sempre a obesidade estará relacionada ao alto consumo de alimentos ou ao sedentarismo. “Questões hormonais, metabólicas e predisposição genética, associada a hábitos de vida pouco saudáveis, são alguns dos principais fatores para o desenvolvimento da doença. O diagnóstico é clínico, mas suas causas precisam ser rastreadas através de testes laboratoriais para descobrir a origem do problema,” afirma. Por isso, é importante o acompanhamento médico, que direcionará os exames mais específicos para rastreio de comorbidades associadas.

“É possível ocorrerem alterações hormonais, especialmente, nas meninas: pelos pubianos, brotos mamários, e a menstruação precoce. Manter uma alimentação adequada durante a gestação, amamentar exclusivamente com o leite materno até os seis meses, realizar introdução alimentar baseada em refeições saudáveis, e a prática de atividades físicas são recomendadas, além de não oferecer açúcar até os dois anos, reduzir ingestão de industrializados, controlar o tempo de uso de aparelhos eletrônicos, combater o sedentarismo, além de realizar o tratamento precoce e adequado de doenças correlacionadas”, explica a especialista.

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