Em seis de junho é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, exame que permite identificar doenças graves no recém-nascido. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 2,4 milhões de testes assim são realizados anualmente no sistema público, e mais de 80% dos bebês recém-nascidos são submetidos ao exame no país. Diante das campanhas e ações colocadas em prática nos últimos dois anos, as expectativas para 2023 são as melhores.
O Teste do Pezinho é feito a partir de gotas de sangue coletadas no calcanhar do bebê e é essencial para ajudar na identificação de patologias como o hipotireoidismo congênito, quando a glândula tireoide do recém-nascido não é capaz de produzir quantidades adequadas de hormônios; a fenilcetonúria, que é uma doença relacionada ao metabolismo; e as hemoglobinopatias, que são doenças que afetam o sangue, como o traço falcêmico e doença falciforme.
“É um direito de todas as crianças e extremamente importante que o teste seja realizado nos primeiros dias de vida do bebê. Com grande precisão na probabilidade, o exame faz uma triagem de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que podem causar sequelas por toda a vida. O recém-nascido que apresentar resultado positivo na triagem neonatal deverá fazer exames específicos,” explica o médico pediatra neonatologista Walter Peres da Silva.
O exame pode ser realizado entre o segundo e quinto dia de nascimento. De acordo com Walter, não é recomendada a realização antes das 48 horas de vida. “Algumas alterações hormonais e metabólicas só atingem o equilíbrio após esse período. O prazo máximo deve ser respeitado para que o diagnóstico seja feito rapidamente e não haja prejuízos à saúde do bebê no caso de tratamentos específicos”, avisa o médico que também é professor universitário.
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