Enfermidade emocional impactada pela alimentação incorreta, aponta docente da Una

Foto: Divulgação

A alimentação não é apenas um ato de reposição das energias, mas também uma fonte de prazer, inclusive em situações de estresse e ansiedade. Em um país como o Brasil, no qual, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), quase 10% da população sofreu ansiedade em 2019, a chamada “fome emocional,” é problema comum, e deve ser enfrentada. Ela é um hábito de sentir vontade de comer sem a necessidade, mas por razões emocionais, como: raiva, tristeza, angústia, ansiedade, e estresse, entre outros.

“Ela é diferente da fome fisiológica, que corresponde à necessidade do nosso organismo de buscar energia e nutrientes para as nossas atividades do dia-a-dia”, explica a nutricionista e professora do curso de Nutrição do Centro Universitário Una, Cristiana Araújo Gontijo. É necessário planejar refeições bem distribuídas durante o dia, bastante água, atividades físicas, quantificar alimentos e escolher aqueles ricos em fibras, que leve à saciedade (frutas, hortaliças, leguminosas e grãos).

Devido à dificuldade no gerenciamento das emoções, a “fome emocional” aumenta o apetite e estimula a ingestão de alimentos hipercalóricos e ricos em carboidratos, gorduras, sais e açúcares refinados, como doces, salgados e biscoitos recheadas, que funcionam como fontes de prazer e recompensa instantânea. Isso pode acarretar em complicações para a saúde, como obesidade, hipertensão, diabetes e câncer. Para combater a “fome emocional”, é preciso rever a rotina alimentar.

“Alimentos que regulam o humor, com triptofano e vitamina B, também são importantes, como carnes magras, ovos, leites e derivados, banana e abacate. Uma dica que eu dou, como nutricionista, é fazer um diário alimentar. Nesse relatório, a pessoa deve anotar todos os alimentos que ela ingeriu durante o dia, indicando as quantidades e as emoções que ela sentiu ao procurar aquele item. Isso pode ajudá-la a ter mais consciência dos seus hábitos ao fazer corretamente as refeições,” orienta a docente Cristiana Gontijo.

Imagem: Freepik

“Nós temos que dar importância para os horários de alimentação. Precisamos desacelerar o ritmo e comer devagar, respirando com tranquilidade e sentindo os sabores dos alimentos, sem a presença de telas ou outras distrações, para que a consciência alimentar, seja ativada. A causa está ligada à emoção e, por isso, precisamos desenvolver atividades que nos auxiliem no gerenciamento das emoções ao longo do dia, preferencialmente com a orientação de um profissional da psicologia,” finaliza a professora universitária.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *