Saldo de empregos gerados em Minas Gerais é o maior desde 2022

Micros e pequenas empresas (MPE) de Minas Gerais registraram um saldo positivo de 24.879 vagas de trabalho em fevereiro. É o melhor resultado desde o mesmo período do ano passado, conforme o levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG) a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Minas Gerais teve o segundo melhor saldo de vagas nos pequenos negócios no segundo mês do ano, ficando atrás somente de São Paulo (61.063). Foram 209.790 admissões em fevereiro, contra 184.911 desligamentos.

O saldo representa um crescimento de 2.016% na comparação com janeiro, quando o estado viveu reflexo de muitos desligamentos de vagas temporárias abertas no fim de 2022. Houve pequena queda, de 0,26%, no comparativo com o mesmo período do ano passado. “É um dado positivo a ser comemorado. A alta dos juros acaba impactando também na confiança dos empresários de pequenos negócios e pode interferir na contratação de mão-de-obra, mas esse crescimento no número de vagas indica um cenário mais otimista,” explica o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

O setor de Serviços liderou o número de contratações nas micro e pequenas empresas, com saldo de 15.019 vagas em fevereiro. “Ficamos dois anos sem as comemorações do Carnaval e, com a retomada, os pequenos negócios tiveram de buscar mais profissionais para atender a grande demanda gerada pela realização dos eventos na capital mineira e em cidades do interior. Atividades ligadas às escolas, creches e ao ensino fundamental no período de retorno das aulas também impulsionaram a geração de empregos no segmento”, explica Marcelo Silva.

Em Minas Gerais, os municípios com maior valor de saldo de empregos gerado foram Belo Horizonte (3.844), Ipatinga (1.547), Nova Serrana (1.265), Uberlândia (1.140) e Contagem (1.134). Em contrapartida, as cidades com menor saldo foram Janaúba (-536), Montes Claros (-291), João Monlevade (-216), Carmo do Paranaíba (-85) e Mateus Leme (-73). O segundo setor em geração de vagas em fevereiro foi a Indústria de Transformação, com saldo de 5.669 empregos; Agropecuária, com 2.632; e Construção Civil, com 2.596. Por outro lado, o Comércio foi o setor que apresentou resultado negativo: saldo de -1.432 vagas.