Especialistas alertam para cuidados com perda do ouvir no Dia Mundial da Audição

Nesta sexta-feira (3) é celebrado o Dia Mundial da Audição, oportunidade para conscientização sobre a perda auditiva, um problema que afeta aproximadamente 7% da população brasileira, ou seja, aproximadamente 15 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesta data, que também marca o Dia do Otorrinolaringologista no Brasil, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) chamam atenção para a importância de ter uma boa saúde auditiva, destacando hábitos que preservam a audição, orientando a população sobre os fatores de risco e a necessidade de procurar um especialista em caso de sintomas. Os problemas auditivos podem surgir por diferentes motivos e variam de acordo com a faixa etária.

“Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, maiores são as chances de recuperação da audição. Uma perda auditiva não tratada pode desenvolver impactos negativos à vida, como dificuldades de comunicação, o isolamento social, depressão, quedas e outras lesões, além de aumentar o risco de demência”, esclarece o presidente da SBO e membro da ABORL-CCF, Arthur Menino Castilho. No Relatório Mundial sobre Audição, a OMS estima que 217 milhões de pessoas no continente americano possuam algum grau de deficiência auditiva, sendo que cerca de 6% desse contingente apresentam perda auditiva em nível moderado ou mais elevado. O levantamento projeta aumento de casos nesses países até 2050, chegando a 332 milhões de pessoas com perda auditiva.

Em crianças, o diagnóstico é mais decorrente de otites médias, caxumba e rubéola, infecções maternas durante a gestação, questões genéticas e problemas no parto. Já nos adolescentes, a perda auditiva começa a se manifestar em decorrência dos sons altos, como o uso incorreto dos fones de ouvido. Segundo a OMS, mais de um bilhão de pessoas com idade entre 12 e 35 anos correm o risco de ter a audição comprometida devido à exposição excessiva à música em alto volume e outros sons recreativos. “Nos adultos, o problema é identificado de forma ocupacional, ou seja, pessoas que trabalham em fábricas ou locais em que há muito barulho, ou por ocorrências de traumas, perfuração timpânica e causas crônicas, como infecção persistente e o colesteatoma, um tumor benigno”, explica Castilho.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *