Os perigos da doença ocupacional “Síndrome de Burnout”

Saulo Barbosa

Considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como doença ocupacional, a síndrome de Burnout se caracteriza como um problema de estresse crônico decorrente da sobrecarga de trabalho que leva ao quadro de esgotamento emocional. Seus sintomas podem ser confundidos com os sinais manifestados em quadros de pessoas que apresentam ansiedade e depressão, não à toa o Ministério da Saúde do Brasil diz que o burnout “pode resultar em estado de depressão profunda”.

Além de trazer alterações de humor, tristeza, insônia, palpitações e coração acelerado, o esgotamento mental que a síndrome proporciona ocasiona a baixa capacidade e produtividade para as tarefas diárias das atividades exercidas pelo profissional, que em muitos casos levam a um afastamento até a pronta reabilitação do funcionário. Ao longo da pandemia da covid-19 tivemos um aumento considerado expressivo no número de afastamentos resultantes de sobrecarga mental no trabalho, que geram custos e prejuízos financeiros para as corporações.

Portanto, é essencial que empresas ampliem seu olhar e adotem práticas para a promoção de saúde a seus colaboradores. Quanto antes o paciente procurar ajuda para o enfrentamento da doença, menores são as chances de desenvolver problemas mais graves. Assim como na depressão e em outras doenças que envolvem o esgotamento mental, o tratamento envolve o apoio e acompanhamento psicológico e psiquiátrico, com a possibilidade do uso de medicamentos a depender de cada caso.

Análise de Saulo Barbosa, médico psiquiatra formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro com residência médica em psiquiatria pelo IPUB-RJ. Atende pacientes presencialmente em Minas Gerais, e on-line em todo Brasil e exterior.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *