Gera riscos pra saúde, uso de fármaco oral para tratar queda capilar

Com valores a partir de R$ 50, já é possível encontrar lojas on-line vendendo cápsulas de minoxidil, sem a necessidade de receita médica. O medicamento, usado para tratar a hipertensão arterial, se popularizou também como tratamento de alopecia androgenética. Porém, segundo a médica dermatologista e tricologista, Julyanna do Valle, a prescrição e o acompanhamento do uso como tratamento para a queda de cabelo devem ser feitos por um médico. “Não dá para o paciente comprar uma dose aleatória na internet e usar, porque existem sim riscos de efeitos colaterais, como qualquer outra medicação”, afirma.

A forma mais comum de uso do medicamento para tratar a calvície era a loção diretamente aplicada no couro cabeludo com o objetivo de aumentar a circulação sanguínea na região e favorecer o crescimento dos fios. A forma oral ficou conhecida depois de um artigo publicado no jornal The New York Times mostrar que ingerir doses baixas de minoxidil em comprimido também contribui para o crescimento dos cabelos. Mas a compra do medicamento pela internet, sem acompanhamento médico pode trazer sérios efeitos colaterais para a saúde do paciente.

“Quando usamos para tratar a alopecia androgenética, a principal indicação é o minoxidil, inclusive o oral. Usamos em doses menores e essa dose vai sendo avaliada de acordo com cada caso, com as comorbidades, se tem riscos ou não, e o ajuste vai sendo feito de acordo com a resposta. A prescrição do dermatologista, mesmo em doses mais baixas, é muito individualizada”, explica a médica. A médica alerta ainda que, por ser uma medicação de uso prolongado até aparecerem os efeitos do tratamento, o acompanhamento é fundamental e demanda, inclusive, avaliação e liberação de um médico cardiologista antes do uso ser iniciado.

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