O segundo turno das eleições presidenciais se aproxima, e com ele é muito comum saber de alguém que já discutiu com um amigo, colega ou familiar sobre política, e que tenha saído de grupos, redes sociais ou, até mesmo, aqueles mais radicais que romperam relações e criaram inimigos por conta de posicionamento político contrário ao seu. Scott Mainwaring, um dos maiores especialistas do mundo em política e democracia na América Latina, afirmou que o “Brasil vive mistura tóxica de ódio pessoal e polarização política”.
Paulo Vieira, Master Coach e PhD em Business Administration, reconhecido pelo público como principal autoridade em Inteligência Emocional no Brasil, alerta para a gestão das emoções para evitar conflitos dessa natureza no ambiente familiar, trabalho e nas relações sociais. “Dentro deste contexto, é fundamental que as pessoas tenham domínio de suas emoções nas mais diferentes situações. Isso resulta em relações saudáveis consigo mesmo e com o outro, mesmo em ambiente diverso, com visões de mundo diferentes”, analisa.
A Inteligência Emocional é sustentada por dois pilares essenciais: as competências emocionais pessoais e as competências emocionais sociais. Elas representam as habilidades necessárias para viver de forma positiva, em equilíbrio consigo e com o mundo e dominá-las é essencial no atual cenário de polarização. A partir deste entendimento, o Master Coach traz dicas de como aplicar, na prática, esse conceito e evitar conflitos:
Adaptabilidade: é a capacidade de ser flexível na adaptação a pessoas dos mais diferentes estilos, índoles e comportamentos. É estar preparado para lidar com situações adversas e voláteis, tendo como base a autoconsciência emocional e o autocontrole emocional.
Pratique a empatia: perceba as emoções alheias, compreenda seus pontos de vista e se interesse ativamente por suas preocupações. Em uma discussão, não significa necessariamente abrir mão de suas convicções, mas buscar entender os argumentos do outro e ceder quando necessário.
Não ataque a identidade do outro: reconheça o próximo e ame-o como ele é, lembrando que ele é importante. Reforce e lembre-o de suas características positivas, ao mesmo tempo em que você também deve se posicionar de forma a trazer clareza também em relação aos seus sentimentos, por exemplo: “Eu me sinto triste quando isso acontece”.
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