Demanda por Crédito do Consumidor recua 1% em setembro

O indicador da Boa Vista de Demanda por Crédito do Consumidor recuou 1% entre os meses de agosto e setembro na comparação dos dados dessazonalizados. O resultado praticamente anulou o efeito das duas altas anteriores e isso fez com que o indicador encerrasse o terceiro trimestre ligeiramente acima do que se viu no segundo trimestre do mesmo ano, com alta de 0,1% com base na série de dados dessazonalizados.

Na série de dados originais a queda foi de 1,3% na comparação interanual, desacelerando o resultado do acumulado no ano para 6,3%, ante 7,4% no resultado de agosto. Já na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, o indicador também continua desacelerando, passando de 7,9% em agosto para 6,4% nesta última aferição.

Na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, no segmento “Financeiro” a tendência de desaceleração parece mais estável e a variação se manteve na marca de 16,7%, mas não há sinais, por ora, de que ela possa mirar um número maior este ano. Por outro lado, no segmento “Não Financeiro” a tendência ainda é nítida e o indicador rompeu a barreira do campo positivo, passando de uma alta de 2,3% em agosto para uma queda de 0,4% com o resultado atual.

“O crédito surpreendeu, sobretudo, no primeiro semestre, e deve encerrar 2022 com uma taxa de crescimento alta e acima daquilo que se imaginava no começo do ano, mas a tendência de desaceleração está clara. O aumento nas taxas de juros é uma das razões que contribuem para a desaceleração, assim como, da inadimplência, que acaba restringindo um pouco mais o crédito” diz o economista da Boa Vista, Flávio Calife.

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