O número de empresários que creem em queda dos níveis de endividamento das empresas ainda 2022 diminuiu neste 3º trimestre, em comparação com o trimestre anterior. Neste trimestre, são 39%, contra 53% no 2º. A queda também acontece na comparação com o mesmo período do ano passado, quando 49% esperavam queda do endividamento até o fim de 2021. A maioria das empresas ouvidas pela Boa Vista, empresa de inteligência analítica, (41%) passaram a acreditar em estabilidade, enquanto 20% creem em aumento do endividamento.
“A queda na parcela de empresários que acreditavam numa redução do endividamento pode estar associada a uma desaceleração já esperada para a economia. Dados do Banco Central mostram que a taxa de inadimplência das empresas tem se mantido estável, quando se trata de crédito livre apenas, e está nesse nível desde março deste ano. Ela subiu em comparação ao final do ano passado, quando estava em 1,5%, mas ainda está num nível relativamente baixo”, comenta Flavio Calife, economista da Boa Vista.
Quando perguntados sobre a expectativa em relação à inadimplência das empresas, a maioria dos empresários também indica uma espera por estabilidade: 48% neste 3º trimestre, contra 39% no trimestre anterior e 32% no mesmo período de 2021. 32% ainda creem em queda (eram 35% no 2º trimestre e 38% no 3º trimestre do ano passado), enquanto 20% creem que os níveis de inadimplência ainda vão crescer este ano. Estes eram 26% no trimestre anterior e 30% no 3º trimestre de 2021.
“No início da pandemia, antes das taxas começarem a cair, ela chegou a ser de 2,4%, mais especificamente, em maio de 2020. Ou seja, até onde se sabe, esse endividamento não impactou significativamente a capacidade de pagamento das empresas em geral,” avalia Flavio Calife. A maioria dos empresários, 68%, ainda esperam aumento, número menor que o registrado no 2º trimestre (74%), e maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando a pesquisa registrou 60% dos empresários com a mesma expectativa naquele ano.
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