A doença não tem cura e seu aparecimento está ligado ao envelhecimento do cérebro, mas manter o cérebro ativo e estimulado ajuda a desacelerar as consequências em longo prazo
Estimativas do Ministério da Saúde mostram que 1,2 milhão de brasileiros têm Alzheimer e 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano. A tendência é que esse número duplique até 2030 e triplique até 2050. A doença não tem cura e afeta progressivamente as funções cognitivas e motoras do paciente, destruindo as conexões das células cerebrais. Dividida em três estágios, sendo o inicial, intermediário e avançado, o Alzheimer atinge principalmente pessoas com mais de 60 anos, entretanto, pode dar sinais entre 10 ou 15 anos antes do diagnóstico.
No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 55 milhões de pessoas que vivem com algum tipo de demência, sendo que sete em cada 10 tem Alzheimer. Para 2050, as estimativas da OMS é que os números globais podem chegar a 131,5 milhões de pessoas. Segundo a doutora em neurologia pela USP, Dra. Viviane Zetola, o Alzheimer está dentro de um conjunto de doenças degenerativas do cérebro. “É uma doença que surge pelo envelhecimento acelerado do nosso cérebro e se manifesta principalmente, mas não somente, pela nossa memória episódica, que é aquela memória do que acabou de acontecer”, explica.
Viviane explica ainda que a nossa memória funciona como um muro ao longo da vida. “A gente põe um tijolo, um cimento, um tijolo, um cimento e chega um determinado momento aonde não cabe mais esse tijolo ou esse cimento. Por isso que inicialmente a gente tem uma dificuldade da memória recente e episódica e mais tarde a doença de Alzheimer vai fazendo buracos nesse muro. E aí nós começamos a desconectar nossas lembranças mais remotas,” explica a neurologista.
Deixe um comentário