Com a aprovação da Lei da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) os clubes brasileiros passaram a ter a opção de transformar o clube de futebol numa S.A. (Sociedade Anônima). Um dos formuladores da lei, o advogado José Francisco Cimino Manssur, explica que a SAF permite, entre outras possibilidades, que o clube possa receber investimentos que não pode receber como associação.
“A SAF não é uma contestação do modelo atual. Ela é uma tentativa de criar novas fontes de receita para o clube melhorar sua performance, reter seus talentos, ganhar competições, atrair mais público e mídia, criando assim um ciclo virtuoso de investimentos”, disse Manssur. Com a SAF, o clube pode fazer a reestruturação das suas dívidas anteriores à adesão, com um plano de pagamento exequível.
“O Brasil tem cerca 840 clubes e a grande maioria está com dificuldades financeiras. Com a SAF, além da possibilidade da entrada de novos recursos, do planejamento para o saneamento de dívidas, implantação de governança, compliance e responsabilidade financeira, há uma importante mudança cultural que, se bem utilizada por pessoas capacitadas, porque não é uma fórmula mágica, pode trazer uma perspectiva para solução de dívidas”, destaca o advogado.
“Times como o Atlético Paranaense e o América Mineiro pretendem elevar o nível do seu futebol e passar a disputar títulos nacionais e internacionais com reais chances de conquista”, conclui Manssur. Transformar o futebol em empresa não atrai apenas clubes com dívidas. Equipes com finanças saneadas e gestão profissional também aderiram a SAF buscando melhorar o rendimento.
Deixe um comentário