Preconceito dos pais pode ser causa de atraso no diagnóstico do autismo

Até hoje não se sabe exatamente quantos autistas há no Brasil. Sem um estudo estatístico, o país não tem números oficiais, ou seja, não se sabe precisar quantas pessoas têm autismo, muito menos quantas já foram diagnosticadas. Os únicos trabalhos brasileiros neste sentido, foram um estudo-piloto, realizado em 2011, na cidade de Atibaia (SP), que resultou em um autista para cada 367 crianças.

E em 2018, um outro estudo-piloto, que foi feito somente na cidade de São Paulo, dessa vez em relação a idade média de diagnóstico do autismo resultou em: quatro anos e 11 meses e meio (4,97). Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) a estimativa global é de que aproximadamente 1% da população mundial pode ter autismo.

Daniella Caropreso

“Até conseguir chegar ao profissional que faz o diagnóstico, esses pais já percorreram um longo caminho por diferentes especialidades. Mas o que considero o pior dos problemas, é quando fechamos o diagnóstico de autismo e a família não retorna ao consultório pelo preconceito quanto ao transtorno, por não aceitar a situação do filho,” diz Daniella Caropreso, Fonoaudióloga, especialista em Linguagem Infantil.

Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), subordinada à ONU, o número é diferente: em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tem autismo. O autismo é um Transtorno do Neurodesenvolvimento, que afeta vários aspectos da comunicação, além de influenciar também no comportamento do indivíduo.

“Existem vários graus de autismo, a intensidade dos sintomas pode variar. A criança no extremo do espectro tem seu comportamento bastante comprometido, enquanto o paciente de grau leve pode ter uma vida normal. Com o tratamento correto, as crianças melhoram muito, aprendem a falar e a pedir”, garante a fono Daniella Caropreso, ou “Dani” como gosta de ser chamada pelos pequenos.

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