Itabira treina equipes para casos da varíola dos macacos

Treinamento na FCCDA

A Prefeitura de Itabira, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), promoveu quinta-feira (11), na Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), treinamento para médicos e enfermeiros sobre a varíola dos macacos. Foram apresentadas orientações para identificação clínica da doença, manejo, medidas de prevenção e controle adequadas, seguindo as normas preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS), conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass), e de Secretarias de Saúde (Conasems).

Cerca de 200 profissionais presentes à reunião de trabalho contaram com palestras da médica infectologista Andréa Maria de Assis Cabral, referência municipal para assuntos de emergência em saúde pública, e da enfermeira Vanessa Cristina Maimone Maia, servidora municipal, com atuação na área de Vigilância Epidemiológica. Com mais de 19 mil casos notificados em 75 países desde o início de maio deste ano, o atual surto da doença é considerada uma emergência de saúde pública de importância internacional.

Andréa Maria de Assis Cabral

“É uma doença viral endêmica em alguns países do continente Africano, com transmissibilidade moderada entre humanos. Ela pode atingir qualquer pessoa e os sintomas são similares ao da varíola. Incluem lesões na pele e febre, que em casos mais severos podem durar entre duas a quatro semanas. A doença é transmitida pela pele, no entanto pode ocorrer também por materiais contaminados (roupas, lençóis ou partículas da respiração). A incubação é de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21”, esclareceu Andréa Cabral.

Em Itabira não há casos confirmados, nas Américas ocupa o segundo lugar, e no Brasil o terceiro com maior incidência. Segundo Andréa, o Brasil já apresenta mais de 1.200 casos confirmados em laboratórios. “A vacinação contra a varíola recebida até o final da década de 1970 é eficaz também para a monkeypox, no entanto, pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980”, pontuou a infectologista.

Vanessa Cristina Maimone Maia

“Novas vacinas e testes estão sendo desenvolvidos em todo o mundo, dentre as quais uma foi aprovada para monkeypox pela OMS, mas não temos vacinas no Brasil ainda,” explica à infectologista. A enfermeira Vanessa Maimone apresentou aos profissionais os protocolos de atendimentos e fichas de registros dos casos suspeitos da varíola dos macacos, construídos pela equipe técnica da SMS, e pontuou algumas observações importantes no acolhimento de pacientes, e principalmente para proteção e prevenção da doença.

“Ao apresentarem sintomas da varíola dos macacos, a SMS solicita que a população procure imediatamente os serviços dos PSFs para que seja feita a notificação, e o isolamento do caso suspeito, bem como a coleta oportuna dos exames necessários à verificação de positividade ou não dos casos. Estou à disposição de todos para quaisquer esclarecimentos e dúvidas sobre o preenchimento correto das fichas de notificação da doença e os protocolos de atendimento”, finalizou Vanessa Maiomone.

Crédito: Isto É Dinheiro

O uso habitual de Equipamentos de Proteção Individual (IPIs), como: luvas, avental e o álcool em gel, além do manuseio correto do material na coleta dos exames e a forma correta de acondicionamento, para envio ao laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Vanessa Maiomone pontuou que, no momento, é normal que as pessoas fiquem inseguras e com medo de contrair a doença, mas que os profissionais de saúde estão sendo cuidadosamente preparados para conduzir os casos suspeitos, seguindo as normas do MS.

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