Futebol com grande incidência de entorse nos tornozelos

O futebol, seja para acompanhar ou praticar, está entre as paixões do brasileiro. No entanto, devido à rápida e contínua movimentação durante a sua prática, as entorses de tornozelo são comuns, sendo frequentes os desfalques em diversos times por conta deste problema, constantemente repercutidos nos noticiários esportivos.

Seja em jogadores que praticam o esporte por lazer ou atletas profissionais, uma das causas mais comuns das entorses é o movimento anormal de uma articulação e a duração dos sintomas pode variar devido à intensidade e a gravidade da lesão, explica o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Luiz Carlos Ribeiro Lara.

“Nas entorses de grau I, os sintomas têm duração de até uma semana. Já nas entorses de grau II e III, podem durar até cerca de duas semanas ou mais. O tempo de recuperação para curar uma entorse pode ir de semanas a meses, vai depender da gravidade da lesão e do tratamento instituído pelo especialista”, fala o médico.

Nas entorses de grau um, o tratamento consiste em repouso, fazer compressas com gelo e elevar o pé reclinando-o e apoiando-o para que fique acima da cintura. Para o grau dois, é indicado seguir as indicações anteriores, com maior tempo de recuperação.

“Em alguns casos, o médico pode recomendar a utilização de muletas e, no caso da entorse de grau três, a estabilidade permanente no tornozelo fica em risco, sendo necessário permitir maior estabilidade da articulação. Para isso, o ortopedista pode sugerir que o paciente utilize uma imobilização gessada ou robofoot”, diz o presidente da ABTPé.

Cirurgia

Embora não seja comum que a entorse resulte em necessidade de cirurgia, há situações em que a instabilidade do tornozelo, decorrente da entorse, possa exigir uma decisão mais definitiva, principalmente em rupturas ligamentares múltiplas, associadas a outras lesões.

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