Metabase, Aposvale e Sindfer realizaram debate sobre plano BP da Valia

Em Assembleia Geral convocada pelo Sindicato Metabase de Itabira e Região, Aposvale (Associação de Aposentados, Pensionistas, e Empregados das Empresas Patrocinadas pela Valia), e Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Ferroviárias (Sindfer) do Espírito Santo e de Minas Gerais (Sindfer ES/MG), aposentados, pensionistas e aposentáveis participaram de debate sobre a atual situação destes assistidos frente ao plano da Valia Benefício Proporcional (BP).

Sebastião Deiró, presidente da Aposvale explicou que algumas ações estão sendo realizadas, entre elas, a contratação de atuários, que à época eram funcionários da Valia, e participaram da criação do Vale Mais, atualmente considerados prejudicados pelo BP. “Eles têm a experiência, afinal, participaram do plano que hoje somos contra e pela análise, reconheceram que a reivindicação da Aposvale e Metabase tem razão em seus argumentos,” disse Deiró.

“É necessário criar este regulamento para que os assistidos, cerca de sete mil, entre assistidos e aposentáveis tenham vida própria, já que a Vale jogou este pessoal dentro do Vale Mais e pronto. Esta submassa acreditou na Vale que disse à época que em 20 anos iria repor toda receita do BD, no BP, e ao contrário disso, apresentou na Previc uma proposta de prorrogação para mais 10 anos, o que foi feito. Será uma briga complicada, já que a empresa sequer participou das discussões da cisão pretendida”, concluiu Deiró.

O discurso foi semelhante ao do presidente do Sindicato Metabase. “Estamos iniciando neste dia o resgate da dignidade não apenas das pessoas que estão aqui neste encontro, mas também dos 4.764 assistidos pelo BP, dos 2.139 que ainda irão se aposentar e por aqueles que não estão conosco, pois faleceram e não tiveram a justa reparação deste plano que aterroriza toda uma classe. Estamos preparados para buscar uma solução, seja pelo administrativo, seja pela justiça,” destacou André Viana.

“A Vale tem usado os valores devidos destes assistidos em outras ações, mas reparar os responsáveis pela sua grandeza ela não olha, não cuida, não está nem aí. Não basta o assédio moral por meio da imposição há 22 anos quando literalmente obrigou a todos assinarem essa transição para o Vale Mais sobre a ameaça de demissão imediata”, bradou o sindicalista. As instituições à frente deste processo demonstraram força, quando aprovaram a distribuição do superávit em 48 meses.

Maria Socorro Castro, da Associação dos Participantes do Benefício Proporcional da Valia, informou as diversas ações que são necessárias. “Além da necessidade da cisão com o Benefício Definido, precisamos criar o regulamento próprio; recuperar todo o patrimônio do BP, desde o início. Levantar informações do contrato da dívida da Vale com a Valia, já que foi proposto pagar em 20 anos e depois prorrogado por mais 10 anos. A Vale vai garantir nossos pagamentos? Vamos esmiuçar este contrato e conhecer a fundo todo o processo”, disse.

André Viana informou que a partir de segunda-feira (11), o Metabase irá recolher, com os assistidos, toda a documentação necessária para iniciar os trabalhos para mais um estudo/cálculo jurídico atuarial. Ainda discursaram Wagner Xavier “Cabeludo”, presidente do Sindfer ES/MG, e o advogado do departamento jurídico do Metabase, Henrique Nery. Em 2016 o BP tinha o superávit de R$ 256 milhões. Em dois anos a reserva somou R$ 500 milhões. A Vale teria feito uso esses recursos em outros projetos

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