Crescem casos de dengue. Infectologista explica como agir

Márcia Lima Dantas

Segundo boletim recém-divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), o Brasil registrou este ano 382 mortes por dengue até o dia 21 de maio. Ao longo de todo o ano de 2021, foram registrados 246 óbitos. Estes dados apontam para um aumento significativo nas mortes causadas pela doença este ano. Com relação aos casos de dengue, segundo boletim do mesmo Ministério, divulgado no início de maio, o País registrou aumento de 113,7% nos casos da doença (542.038 casos prováveis) de dois de janeiro até 23 de abril, em relação ao mesmo período do ano anterior. As regiões mais afetadas pela incidência de dengue são o Centro-Oeste, seguida pelas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste.

“Os dados indicam um surto da doença adentrando o outono. Em geral, o verão é a época mais propícia para uma luz vermelha acender em relação aos casos de dengue, zika e chikungunya. Altas temperaturas e chuvas favorecem o aumento da população do vetor com um duplo resultado: em contato com a água das chuvas, os ovos colocados há semanas ou meses podem eclodir e dar origem a milhares de novos mosquitos transmissores (Aedes aegypti). Ao mesmo tempo, com as chuvas, aumenta a oferta de criadouros para as fêmeas de o Aedes colocar seus ovos”, explica a Dra. Márcia Lima Dantas, médica infectologista.

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Segundo a médica, o diagnóstico correto se dá por meio de exame clínico seguido de exames laboratoriais. “Especificamente sobre dengue, a infecção ocorre em três fases. A fase febril, que ocorre com o aumento da quantidade viral, é associada a sintomas inespecíficos. Essa fase se resolve em três dias. Na fase crítica, ocorre o aumento da permeabilidade dos vasos do organismo, o que pode desencadear complicações. É nessa fase, quando a febre não aparece mais, que podem ocorrer sinais de que a infecção está evoluindo para um quadro grave, portanto é indispensável realizar acompanhamento médico. E na fase de recuperação, há aumento na quantidade urinária e a resolução dos sintomas característicos do estágio crítico”, descreve a Dra. Márcia.

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