O Reitor do Centro Universitário Una, Rafael Ciccarini, elaborou artigo sobre o tema: a educação e seu propósito social
A Educação não se faz sozinha. Essa é uma premissa que, cada dia mais, se comprova. A responsabilidade de formar cidadãos cada vez mais alinhados às realidades e necessidades da sociedade passa pela mobilização entre instituições de ensino, políticas públicas e estudantes. Essa tríade é capaz de prover mecanismos com poder de transformação social. Abril, mês em que é celebrado o Dia da Educação, a reflexão sobre esse papel crucial das entidades que promovem o ensino superior brasileiro se faz necessária. A academia, há muito, deixou de restringir suas metodologias às salas de aula para tornarem-se protagonistas na formação de profissionais engajados com as demandas da sociedade.
O propósito social não está nos livros ou na retórica dos professores. Ele se encontra nas práticas dos projetos extensionistas, realizados com a finalidade de formar cidadãos críticos e conscientes de que seu conhecimento gera impactos para todos, nas mais variadas frentes e formas. Prover projetos acadêmicos alinhados a ações em prol das comunidades é um serviço prestado com muito êxito por diversas instituições de ensino superior do país, que exemplificam como é possível associar ensino e prática, voltados a uma formação cidadã, concomitante ao apoio social.
Nas unidades onde a Una atua em Minas Gerais e em Goiás, milhares de consultas gratuitas à comunidade são realizadas anualmente por estudantes da área de saúde, com a supervisão de seus professores, em especialidades como Nutrição, Farmácia, Biomedicina, Estética, Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia. As clínicas-escola são exemplos de como a Educação pode e deve ser um dos agentes de transformação que, direta ou indiretamente, contribui com o poder público na promoção do bem-estar social.
A população brasileira tem necessidades urgentes e a Educação é uma alternativa essencial e viável para ofertar soluções pontuais a quem precisa. Dados do IBGE, de 2020, revelam que o Brasil ocupava, no ano anterior, apenas a 84ª posição no ranking mundial em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,765, com uma estimativa da ordem de 212 milhões de habitantes. O cenário mostra o quanto o contraste social ainda é evidente. É preciso vontade e mobilização para minimizar essa realidade. E as universidades, em todo país, comprovam ano após ano que é possível transformar vidas, provendo apoio com serviços básicos. A partir de iniciativas de fomento educacional e social, a academia ratifica seu viés de agente comunitário.
É necessário ampliar cada vez mais essa comunidade de aprendizagem, com lastro para oferecer soluções às carências da sociedade. A Educação se mostra pronta para contribuir com um país que sonha em vivenciar a equidade em todas as esferas, com a formação de profissionais gabaritados para desempenhar suas funções com pleno conhecimento e, acima de tudo, com humanidade.
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