O Estado de Minas Gerais registra, em média 484 casos de leishmaniose visceral em seres humanos por ano. Desse total, cerca de 49 pessoas não resistem às graves lesões provocadas pela enfermidade e morrem. “Essa enfermidade é provocada por um protozoário do gênero Leishmania, transmitido pela picada do chamado ‘mosquito palha’, nome popular da Lutzomyia longipalpis. Esses vetores são encontrados nas diferentes regiões de nosso país e costumam picar cães e também os seres humanos, o que facilita a disseminação do problema entre as espécies”, explica o médico veterinário Jaime Dias.
O índice mineiro de óbitos é o maior do país. Já o número de casos é o segundo mais alto, atrás apenas do Maranhão, que tem média de 497 registros anuais. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde. Os dados oficiais entre 2010 e 2019 indicam que 1 a cada 9 casos de leishmaniose visceral evoluiu para óbito motivado exclusivamente pela doença. Nesse período de 10 anos, foram contabilizadas 4.844 pessoas infectadas pelo protozoário, com 485 óbitos em Minas.
“Pesquisas mostram que para cada cão com sintomas de leishmaniose visceral em regiões endêmicas outros cinco podem estar assintomáticos, o que potencializa o poder de disseminação da doença, especialmente em épocas com forte presença do mosquito palha”, detalha Dias. Por isso, é preciso estar atento a alguns sinais clínicos em cães como: desânimo, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento progressivo, perda de massa muscular, descamações na pele, feridas no focinho, orelhas, região das articulações e cauda, além de perda de pelos, crescimento exagerado das unhas, vômito e diarreia.
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