Em sua primeira edição, o Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira) promoveu durante cinco dias, apresentações culturais e musicais, além de participar de lançamento de livros e debates importantes sobre literatura e Carlos Drummond de Andrade. O sucesso do evento vai nortear a segunda edição, confirmada pela organização para 2022, na celebração dos 120 anos de nascimento do Poeta Maior, e o centenário de José Saramago. A promessa é que seja o momento de internacionalização do festival.
Ao todo, 29 escritores itabiranos tiveram a oportunidade de lançar obras e mediar rodas de conversas. Além disso, foi possível fazer um mergulho na história do Brasil com a imersão proposta pela Carreta Museu da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que ficou estacionada em frente a Casa de Drummond. Para o prefeito Marco Antônio Lage, o Flitabira superou as expectativas por se tratar de um piloto, evento de aquecimento para entender a dinâmica do festival na rua e aceitação do público.
“Tudo superou as expectativas: a qualidade do evento, a montagem, o público participante, que compareceu de forma encantadora, os espetáculos, a interação com a educação e geração de negócios na cidade. Com isso, estamos preparados para o ano que vem tudo dentro da dinâmica de um evento que Itabira merece. Queremos um evento que definitivamente entre no calendário dos turistas e itabiranos que gostam de cultura e literatura. Dessa forma, teremos ainda mais orgulho de Itabira”, afirmou Marco Lage.
Afonso Borges, idealizador do Flitabira, também fez um balanço positivo da repercussão do evento. “Tudo deu certo, essa intensidade de ser presencial e online com noite de autógrafos, teatro e gastronomia. Deu certo desde a forma agradável e receptiva que os itabiranos receberam o Flitabira. Meus olhos e meus pensamentos estão focados para o ano que vem. Aproveitamos todas as experiências que aprendemos aqui e muito obrigado à população de Itabira e Instituto Cultural Vale”, reforçou o jornalista.
Com a oportunidade de encerrar o festival e comemorar os 119° anos de nascimento de Carlos Drummond de Andrade, o artista plástico itabirano, Genin Guerra, lançou o seu livro “Solo, álbum das glórias musicais”, resultado de 10 anos de trabalho. “Para mim é uma honra, primeiro por eu ser itabirano e segundo por ser o aniversário do poeta. Torço para que continue firme e forte esse festival! Meu livro traz cerâmicas caricaturais de pessoas que realmente admiro na Música Popular Brasileira. Foram 10 anos de trabalho”, destacou o artista.
O Flitabira contou com a participação do neto do Poeta Maior, Pedro Drummond, e da atriz Bruna Lombardi. Ambos lançaram livros durante a programação do festival. Segundo Pedro Drummond, o evento confirmou a vocação natural da cidade, berço da literatura. “Para mim, estar em Itabira sempre foi uma emoção. Tive o privilégio de ter tocado o sino Elias, ouvi um som que faz parte de Itabira há mais de um século, que meu avô ouvia quando era criança e isso me comoveu profundamente” relatou Pedro.
Bruna Lombardi também demonstrou entusiasmo com a iniciativa e reiterou que festival como esse faz muito bem para a cidade, para a poesia e memória de Drummond. “Estar aqui me fez pensar em várias ideias. Vi, por exemplo, que poderia ter na cidade uma rua só com poesias e cafés, com poemas escritos na parede para que as pessoas possam tirar fotos e ler. Além de promover festivais literários como este para que realmente haja um movimento cultural que estimule novos talentos”, disse Bruna Lombardi, que também é escritora.
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