O cérebro humano é notavelmente capaz de aprender, não importa em qual cultura se está inserido, as mesmas regiões do cérebro são responsáveis por descodificar diferentes símbolos e idiomas. Porém, o cérebro não é um espaço em branco de acúmulo de construções culturais. Na verdade, é um local de transformação onde o velho se torna novo. O Plano Nacional de Educação do Brasil (PNE), já prevê a redução da taxa de analfabetismo no país em pelo menos 50% até 2024 na esperança de erradicar o analfabetismo absoluto. Atualmente, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020, o Brasil ainda conta com cerca de 11 milhões de analfabetos.

Fabiano de Abreu
Para o PHD, neurocientista e biólogo Fabiano de Abreu, a ciência tem grandes contribuições para ofertar e melhorar o cenário educacional brasileiro. Nos últimos 30 anos, as pesquisas neurocientíficas adquiriram um status indiscutível por meio do uso de metodologias experimentais que fortaleceram dados e análises, “Com base em testes de hipótese, isolando a variável em grupos experimentais e de controle, com procedimentos bem estabelecidos reconhecidos pela comunidade científica internacional, as pesquisas romperam com o mundo da especulação e amadorismo para se colocar dentro rigor científico”, afirma o especialista.
De acordo com estudos realizados por intermédio de tecnologias avançadas, o neurocientista afirma que regiões específicas do cérebro precisam ser profundamente estimuladas para desenvolvimento da capacidade de leitura. O estudo demonstra ainda que a capacidade de aprender é ampla e ilimitada. Para uma criança aprender, mudanças devem ocorrer nas sinapses das redes neurais de cada memória e, por terem um sistema nervoso mais plástico do que o de um adulto, com uma estimulação precoce e correta, os pequenos podem ter seu potencial de aprendizagem significativamente aumentado.
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