Entre os dias cinco e 20 de setembro, está em vigor decreto municipal autorizando o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) a racionar o fornecimento de água, nas aproximadamente 34 mil ligações atendendo um público consumidor de 150 mil pessoas, os 120 mil de população estimada, e considerando 30 mil pessoas que trabalham, estudam, ou estão momentaneamente em Itabira. A medida restritiva pode ser prorrogada, se o estado crítico dos mananciais permanecer.
“Teremos ao longo da semana, seis datas, com cada dia um grupo de bairros com restrição de água, e apenas no domingo não haverá racionamento. Somos uma empresa regulada, e a Arsae (Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais) determina vários itens para decretar racionamento, permitindo que a população saiba o período que estará sem água, e se precaver”, disse a diretora-presidente do Saae, Karina Rocha Lobo, depois de entrevista coletiva com a imprensa, terça-feira (5).
São quatro fatores que impactam o desabastecimento: o natural, devido à escassez de chuva; uso indiscriminado de água; ausência de manutenção na estrutura já existente; e a falta de melhoria de infraestrutura com investimentos que não aconteceram no passado. O projeto de capitação do Rio Tanque que pode resolver o desabastecimento, será concluído em 2026, mas a gestão do Saae pretende encurtar o prazo, o mais breve possível, segundo a gestora da autarquia municipal.
“A população tem papel fundamental no uso consciente dos recursos, principalmente nesse momento de crise. Decretamos por 15 dias para a população veja a seriedade da situação e economize. Vamos fiscalizar as ruas, em acordo com a Arsea, para notificar a população e até multar. Não consideramos apenas a chuva nesse período, para amenizar o problema, porque se dentro deste prazo os reservatórios estiveram reabastecidos, independente de chuva, não há porque prorrogar o revezamento de abastecimento de água nos bairros,” revelou Karina Lobo.
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