Pipas e papagaios na rede elétrica causaram 1.424 ocorrências em sete meses

Linha chilena. Foto: Carlos Alberto / Imprensa – MG

Neste período do ano, os jovens e crianças costumam aproveitar o clima com ventos mais fortes e falta de chuvas para empinar pipas e se divertir com essa brincadeira tradicional. Contudo, essa prática pode causar prejuízos e até acidentes graves caso seja feita próximo da rede elétrica. Somente nos sete primeiros meses deste ano, a Cemig registrou 1.424 ocorrências com a rede elétrica causadas por pipas, que prejudicaram cerca de 460 mil clientes.  Apenas na Região Leste de Minas Gerais, essa brincadeira deixou mais de 30 mil unidades consumidoras sem luz.

Para o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares, a brincadeira de soltar pipas não deve ser realizada em áreas urbanas. De acordo com o especialista, a brincadeira deve ser feita em áreas abertas e distantes da rede de distribuição da companhia. “Hoje em dia, com a grande quantidade de rede de distribuição nos centros urbanos, a brincadeira de soltar pipas ficou inviável nesses locais. Caso a pipa fique presa em um componente da rede elétrica, a pessoa pode tomar um choque de até 13.800 volts. Por isso, é fundamental que os pais orientem os seus filhos para evitar acidentes que podem até matar”, destaca.

A lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena em nosso estado. Essa legislação, que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares, está em vigor desde dezembro de 2019. A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 3.590 a R$ 179 mil (em casos de reincidência). Já quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis legais serão notificados da autuação e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar.

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