Agosto Dourado: especialistas da FSFX desvendam mitos sobre aleitamento

A escolha pela amamentação deve ser incentivada, esse é o grande foco da campanha “Agosto Dourado”. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de seis milhões de vidas são salvas por ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade. Além de proteger o bebê de doenças, a amamentação é responsável por estabelecer um vínculo afetivo entre a mãe e o filho. Especialistas da Fundação São Franscisco Xavier (FSFX) mantenedora do Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC) de Itabira, reforçam o incentivo e cuidados nesta fase.

A engenheira civil, Marilene Fátima Neves Silva Villela, é um exemplo de que com amor e paciência é possível amamentar mesmo diante de possíveis dificuldades. O desejo de ser mãe e alimentar a filha com o próprio leite era mais forte. Em sua primeira gravidez, ela teve muitas dúvidas, principalmente se a criança iria começar a se alimentar do leite humano. Quando Júlia nasceu, a engenheira civil travou uma luta para amamentá-la.  “Minha filha não tinha forças para sugar o peito. Meu leite empedrou e ainda tive rachaduras no bico do seio. Eu sentia dores, sangrava, mas a minha vontade de amamentar era muito maior. Eu sabia que aquele leite era indispensável para ela crescer saudável,” revelou.

Assim como Marilene, algumas mães encontram dificuldades, mas não significa que não seja possível. “Cada mulher é única e não deve haver comparação. Tem mulheres que têm mamilos pequenos e mais planos que requer mais estímulo e outras já conseguem que a criança faça a pega mais facilmente. É um passo de cada vez, respeitando o momento, a anatomia do corpo. Não se preocupe com a quantidade, a qualidade é o mais importante. Cada gotinha de leite vale ouro para prevenir infecções e salvar vidas”, explica a técnica de enfermagem da FSFX, Kely Cristina Rosa de Souza.

“O mais importante nesse momento é a mãe desejar amamentar e, principalmente, contar com o apoio de toda a família. A chegada de uma criança muda a dinâmica da família. Alguns papeis acabam sendo alterados. A mãe fica um pouco mais cansada, sobrecarregada. A amamentação é exclusiva da mãe, mas outros cuidados podem ser compartilhados, seja na hora de dar um banho, trocar a fralda ou mesmo colocar a criança para arrotar. A gente entende que muitos pais voltam rapidamente ao trabalho, mas quando estão em casa, é preciso ajudar o máximo que puder,” segundo Maiara Fagundes de Almeida, psicóloga da FSFX.

Volta ao trabalho

O retorno ao trabalho também é um assunto que preocupa as mulheres que amamentam seus filhos. Segundo a psicóloga, a amamentação não precisa ser interrompida pelo retorno ao trabalho. “O processo de separação quando a mãe volta ao trabalho pode desencadear algumas questões emocionais. Existem maneiras de armazenar o leite materno para que a criança continue se alimentando dele. Chegou em casa, tire esse momento para estar com seu filho. O retorno ao trabalho não distancia a amamentação e nenhum vínculo. Ele é apenas uma mudança na rotina da mãe”, conclui Maiara Fagundes de Almeida.

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