FSFX realiza primeira cirurgia de tireoide sem corte

A servidora pública, Lídia Armond da Cunha Ribeiro, de 38 anos, foi a primeira pessoa da região do Vale do Aço, a passar por uma cirurgia de retirada da tireoide sem a necessidade de cortes. O procedimento conhecido como tireoidectomia transoral foi realizado no Hospital Márcio Cunha (HMC), administrado pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX), dia 28 de julho. A extração, de acordo com doutor Clineu Gaspar Hernandes Junior, cirurgião de cabeça e pescoço, responsável por conduzir a paciente, é indicada para retirada de tireoides de volume pequeno com nódulos malignos menores do que 2 cm, ou benignos menores do que 4 cm. Segundo o cirurgião, ainda são analisados outros critérios que levam em conta comorbidades.

“Ao contrário de outras técnicas invasivas, o procedimento não necessita de corte na região cervical, evitando incômodos e cicatriz. Além de causar menos dor e desconforto após a operação, o método possui grande vantagem estética. Ela é realizada por meio de três pequenos cortes (de 5 a 10 mm) entre o lábio inferior e a gengiva inferior. O procedimento é feito com o auxílio de um equipamento de videocirurgia e possibilita remoção completa da glândula tireoide com segurança. Pela cirurgia convencional era feita uma incisão na região do pescoço o que acabava incomodando esteticamente,” disse o médico.

Lídia descobriu um câncer de tireoide no início de abril. Viúva e com um filho de 10 anos ela passou por momentos difíceis até saber da nova técnica. “O médico conversou comigo e me explicou sobre a nova cirurgia. Eu fiquei muito animada. Foi tudo muito tranquilo. Me internei no dia 28 e saí no dia 29, depois da observação pós cirúrgica. Não senti nada. Deu tudo certo. Retiraram toda a tireoide. Estou sem dores e só tenho a agradecer a Deus e ao doutor que me operou. Foi uma benção. Eu sou vaidosa, eu me cuido. Claro que faria a cirurgia convencional se fosse preciso, mas tudo foi muito bom. Além disso, quando não se tem a cicatriz, a gente não precisa ficar explicando o que ocorreu. Eu sou uma pessoa discreta”, comemora.

Para o Dr. Clineu Gaspar a realização da cirurgia leva tecnologia e segurança à população da região de abrangência do Márcio Cunha e ainda confirma a importância do Hospital Márcio Cunha para o Vale do Aço e Minas Gerais.  “Pode parecer bobagem, mas muitos pacientes ficam com autoestima baixa com a cicatriz no pescoço. A gente conseguir proporcionar menos dor, segurança e estética são essenciais para o paciente. É um marco não só para o Hospital, mas para todo o Vale do Aço, o leste de Minas e a região de abrangência do HMC. A técnica relativamente inovadora, minimamente invasiva com benefícios para o paciente nos coloca no mesmo patamar dos grandes centros que fazem essa cirurgia”, conclui.

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