Dia 31 de maio é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco. Criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem como objetivo fazer um alerta sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. A OMS estima que pelo menos um terço da população adulta mundial seja de fumantes. Neste ano, o dia assume contornos ainda mais relevantes, uma vez que estudos dão conta de que fumantes estão muito mais vulneráveis aos casos graves da covid-19.
A médica de Atenção Primária em Saúde da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Juliana Cristina de Vasconcellos Benatti, fez o alerta. “O cigarro tem a capacidade de aumentar a produção de uma célula que facilita a penetração do coronavírus nos pulmões, favorecendo a infecção e aumentando os riscos de complicações com a covid-19”, explica.
De acordo com a OMS, o tabagismo mata mais de oito milhões de pessoas por ano no mundo, cerca de 1,2 milhão de fumantes passivos. No Brasil, o número chega a 200 mil mortes por ano. Ele ainda é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, 25% das doenças vasculares, entre elas derrame cerebral, 45% das mortes por infarto do miocárdio, além de 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer.
“Abandonar o vício não é tarefa fácil, exige muito além de força de vontade. É preciso o acompanhamento de profissionais especializados e do apoio do núcleo familiar e de amigos. Ações educativas são sempre bem-vindas quando a luta é pela extinção do vício e pela saúde da população”, conclui a doutora Juliana.
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