A rondante Rejaine Lage de 55 anos, colaboradora da Empresa de Desenvolvimento de Itabira (Itaurb), demitida em 2019, aguarda a proposta de reintegração oferecida pelo Governo Municipal. Ela taxou como uma vitória. “A maioria dos colaboradores tem mais de 40 anos e essa questão da idade, na pandemia, nos coloca fora do mercado de trabalho. Então, essa reintegração é uma chance de termos a nossa dignidade de volta”, avaliou.
Feliciane Cordeiro de 44 anos, outra desligada, lembra do quão doloroso foi o processo de demissão. “As pessoas foram mandadas embora pelo tempo de trabalho que tinham na empresa e isso não é um critério justo para demitir um funcionário. Foi doloroso receber essa carta. Também acho que este dinheiro de indenização não é justo, porque vamos receber sem trabalhar. O que a gente precisa é do nosso emprego de volta e do salário todo mês, o mercado de trabalho está fechado pra gente,” afirmou.
A proposta da Itaurb, que será apresentada na audiência na Justiça do Trabalho, tem como objetivo restabelecer o emprego dos 160 rondantes demitidos na administração passada. Por determinação do prefeito Marco Antônio Lage, faz parte do processo de recuperação da empresa resolver a situação desses pais e mães de família. Até o momento, 49 rondantes foram restabelecidos, em funções diversas, por meio de liminar.
Desde janeiro, o prefeito e o diretor-presidente da empresa, Danilo Alvarenga, buscam soluções para reerguer a Itaurb. Sobre a vigilância patrimonial, um dos serviços oferecidos ao município, foi diagnosticado que a substituição pelo método eletrônico é ineficaz, já que foi registrado o aumento do vandalismo em prédios públicos. “Portanto, além de devolver o emprego para essas pessoas, retomaremos os serviços de vigilância nas edificações municipais”, garantiu o diretor-presidente.
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