Embora tenha estrutura física para ampliar ainda mais o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Enfermaria em Minas Gerais, o governo estadual enfrenta dificuldades para encontrar profissionais que possam preencher as vagas abertas e garantir atendimento aos pacientes de covid-19. Desde o início da pandemia, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) realizou 74 chamamentos para preencher vagas de médicos nos hospitais da fundação, mas em 14 deles não foram encontrados profissionais disponíveis no mercado para realizar o trabalho.
A dificuldade é, principalmente, para encontrar profissionais aptos a atender os casos graves e coordenar as equipes nas Unidades de Terapia Intensiva. “Para trabalhar em UTI é necessária qualificação adequada do profissional. Estudantes de Medicina podem colaborar, mas estar dentro de uma UTI é um trabalho hiper especializado e uma intubação mal feita pode condenar à morte um paciente”, disse o governador. O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, detalhou o processo de abertura de um leito de UTI.
“É o mais complexo dentro de um hospital. Precisa de RH especializado, equipamento médico, insumos que foram disponibilizados durante todo o ano de 2020 e ainda estão sendo disponibilizados. Foram distribuídos respiradores para todo o estado, monitores, mas chegamos ao esgotamento dos recursos humanos. Nunca foi evidenciada uma doença que afetou tanta gente ao mesmo tempo. Não existe sistema de Saúde no mundo que consiga acompanhar isso. Toda a expansão que o Estado fez foi aliviando a pressão até agora, mas chegamos ao nosso limite”, explicou.
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