Concluída Semana Nacional de Prevenção a Gravidez na Adolescência

Entre primeiro e oito de fevereiro em todo o Brasil, ocorreram atividades de conscientização da Semana de Prevenção a Gravidez na Adolescência. Em Itabira, foi registrado pelo Conselho Tutelar aumento superior a 55% na comunicação de gestação precoce. As escolas são a ferramenta usada para difundir informações preventivas, mas diante das restrições no ensino presencial, motivado pela pandemia, as conselheiras buscaram através da mídia fazer a informação correta chegar aos jovens, e também aos seus pais, pregando diálogo aberto sobre o tema.

“Nós temos tido aumento de 55,5% dos casos atendidos pelo Conselho Tutelar, entre 2019 e 2020. É muito importante resaltar a prevenção para minimizar esses números. As orientações têm que serem feitas dentro de casa e os pais devem conversar com seus filhos”, disse a presidente do colegiado, Maria Alice Costa. “Essa data foi instituída por lei federal para disseminar as medidas educativas, para reduzir a incidência de casos. Mãe e nascituro correm risco de morte, porque não estão preparados para a gestação, desde a má formação, rejeição do feto, tentativa de interromper a gravidez, e até pela dificuldade de acesso ao pré-natal por receio de evitar avisar a família,” revelou a conselheira Gabriella Fidelis.

Autoridades receberam denúncias do crime de estupro de vulnerável e abusos sexuais com grande incidência, atos que também provocam a gravidez juvenil. A vítima precisa de atenção psicológica. O crime pode significar ao acusado 12 anos de reclusão. Pais jovens podem rejeitam os filhos, ou os abandonar sem sequer fazer o registro civil. Há gravidez juvenil até mesmo em crianças, o que torna ainda um caso mais grave. Mesmo que consentida, a relação sexual com jovens abaixo de 14 anos é crime. Os métodos de prevenção à gravidez evitam a disseminação também de doenças sexualmente transmissíveis. A atividade de conscientização do Conselho Tutelar é mantida por todo o ano. Basta estabelecer contato telefônico: (31) 3839-2211 ou 99802-7371.

“Essa semana nos levou refletir a condição que nossa sociedade vive. Em Itabira os casos cresceram e é importante que as famílias sejam educadas para conhecer o impacto da gravidez na adolescência. Não é uma regra, mas se tornou comum atendermos adolescentes que tiveram gravidez precoce, e futuramente atendemos os filhos delas”, disse Mayra Portinho, membro do Conselho Tutelar. “Há aproximadamente quatro anos as maternidades de Itabira nos informam sobre as adolescentes que têm filhos. Elas são orientadas e conscientizadas sobre métodos de prevenção, para evitar nova gravidez precoce,” concluiu a conselheira tutelar, Angélica Madeira.

Assista a entrevista do Conselho Tutelar de Itabira, sobre o tema:

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