A palavra dívida pode assustar bastante, sobretudo, os mais organizados financeiramente, entretanto, por consequência da diminuição de empregos e da redução de salários por conta dos reflexos do coronavírus, estar em débito vem se tornando uma realidade na vida de muitas pessoas.
Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), em dezembro de 2020, o número de consumidores brasileiros endividados teve alta de 0,3% na comparação com o mês anterior e chegou ao patamar de 66,3% dos endividados. No comparativo anual, o indicador registrou aumento de 0,7 ponto percentual.
Segundo advogado Anselmo Ferreira Melo Costa, dever não é o fim do caminho. “É preciso estar sempre preparado com a hipótese de ter débitos a saldar e o melhor a se fazer, em um primeiro momento, é organizar as finanças e analisar a possibilidade de pagamento, através de um acordo, por exemplo”, propõe.
“Busque o seu credor e peça um extrato detalhado da sua dívida, conheça o que você está devendo e, analise se todas aquelas cobranças e demais encargos (juros e multa) se são realmente pertinentes de acordo com aquilo que você contratou”, detalhou o advogado. O especialista afirma que, após conhecer a dimensão da dívida, devem-se analisar as demais despesas fixas e observar qual valor seria possível pagar diante dos gastos.
“É necessário estabelecer um valor máximo de pagamento sem comprometer suas demais despesas, sob pena de gerar mais dívidas. Assim, ao concluir um valor que seja possível pagar, de modo a negociar a dívida, deve-se encaminhar a proposta à entidade credora, aguardando-se a aceitação”, comentou.
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