Atrações internacionais em Itabira, no 4º Festival Vijazz & Blues

Confraria do Groove. Crédito: Adriana Carvalho

Nomes internacionais e grandes atrações da música instrumental, da MPB ao blues se apresentam em Itabira, no palco da concha acústica, sábado (24) e domingo (25), com entrada gratuita. Os shows integram o Festival Vijazz, em parceria com a Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA). No primeiro dia show especial com artistas locais no Nandy Xavier Tribute, dedicado ao cantor itabirano que faleceu em março, aos 61 anos. Músicos amigos do compositor irão interpretar suas canções: “Água de Coco” e “Joaninha”. O grupo é formado por Binho Borges (bateria), Roberto Oliveira (contrabaixo), Giovanni Borges (guitarra), Marcos Borges (violão), Marcelo Fonseca (teclado) e os cantores Yago Rios, Ana Moreira, Romário Araújo, Fernando Cotonete, Flávia Eloisa e Gleissinho.

Celso Moreira. Crédito: Marcos Neves

Na mesma tarde vão também subir ao palco, o guitarrista e violonista mineiro Celso Moreira, Hamilton de Holanda Trio e o bluesman norte-americano Lil’ Jimmy Reed, o cantor, guitarrista e gaitista, simboliza a tradição clássica do blues da Louisiana. Nascido Leon Atkins, no final da década de 1930, em Hardwood, às margens do rio Mississippi, lenda viva do nicho, em plena forma e muito vigor. Ele completou 86 anos em 2024. E promete show contagiante e histórico, Lil’ gosta de caminhar com sua guitarra entre o público, toca de costas, num verdadeiro showman. Destaque em grandes festivais: Recife (PE), Manaus (AM), Goiânia (GO), Brasília (DF), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Belo Horizonte MG). Atualmente está em turnês pelos Estados Unidos, Europa e América do Sul.

Rodrigo Simas. Crédito: 3

O “Hamilton de Holanda Trio” é o resultado da mistura de três memórias musicais. Hamilton de Holanda (bandolim de 10 cordas), Guto Wirtti (contrabaixo) e Thiago da Serrinha (percussão) trazem diferentes referências, mas apresentam uma forte intimidade musical, seguindo a ideia de moderno com a tradição. Juntos, lançaram três álbuns. Celebração dos 100 anos do samba e uma homenagem à obra de Chico Buarque. Releituras produzidas pelo trio são resultado de uma incessante busca pela beleza sentimental e pela espontaneidade. Guto Wirtti, de família musical, acompanha Hamilton há muitos anos. Thiago da Serrinha, criado nos morros cariocas, carrega no nome e no sangue a tradição do jongo da serrinha, manifestação cultural associada à cultura africana no Brasil.

Lil’ Jimmy Reed. Crédito: Juliana Lana

Celso Moreira, mineiro de Guanhães, teve contato com o universo musical desde cedo. Aos onze anos já tocava bateria em bailes da cidade, chegando a se apresentar com a Jovem Guarda no Rio de Janeiro. Ao se mudar para Belo Horizonte, em 1968, trocou a bateria – que não cabia no apartamento – por um violão, seu companheiro de todas as horas até hoje. Celso Moreira acompanhou Milton Nascimento no álbum e no espetáculo “Missa dos Quilombos”, gravou com o saxofonista Nivaldo Ornelas o CD “Reciclo”, participou do festival internacional de jazz (Tudo é jazz, Ouro Preto) por dois anos consecutivos, e ganhou por duas vezes o prêmio BDMG Instrumental. Lançou os CDs “Autoral” (2007) com participação de seu irmão, o guitarrista Juarez Moreira, e “Cenas Brasileiras” (2011) e um DVD (2014).

Crédito: Divulgação

No último dia a cantora Titane com o percussionista Gilson Silveira, o guitarrista, compositor e produtor musical, Glaucon Siqueira, a Confraria do Groove, tendo Flávio Venturini como convidado, e a cantora Cerissa Mcqueen (EUA). Acompanhando Titane, o percussionista itabirano de Ipoema Gilson Silveira reside em Turim (ITA) há 39 anos, onde vive trabalha como instrumentista de grande expressão. Multiartista (cantora, atriz, escritora), Titane trabalhou com diversos músicos de Minas e do Brasil, entre eles, Renato Andrade, Yuri Popoff, Antônio Adolfo e Airto Moreira. Inicialmente influenciado pelo rock progressivo e por guitarristas, como Joe Satriani e Steve Vai, Glaucon Siqueira se interessou pela música brasileira a partir de um encontro com o multi-instrumentista Hermeto Pascoal.

FLávio Venturini. Crédito Anchell Fotografia

Projeto do Trompetista Adriano George, a Confraria do Groove, vai apresentar o show “Groove Gerais”, que privilegia o repertório do Clube da Esquina (“Tudo o Que Você Podia Ser”, “Fé Cega, Faca Amolada” e “Beijo Partido”, entre outros clássicos). O convidado especial será Flávio Venturini, que interpretará suas canções “Nascente”, “Espanhola”, “Noites com Sol”, “Céu de Santo Amaro”, “Todo Azul do Mar”, “Mais uma Vez” (parceria com Renato Russo) e “Linda Juventude”. Conhecida por misturar ao blues uma infinidade de estilos como jazz, rock, soul, R&B, pop e funk, a norte-americana Cerissa Mcqueen tem como principais influências Aretha Franklin, Whitney Houston, Stevie Wonder e Yolanda Adams. Seu som e estilo diferenciado conferem-lhe um canto versátil, técnico e muito emocionante.

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