De acordo com a Boa Vista, empresa que aplica inteligência analítica na transformação de informações para a tomada de decisões em concessão de crédito e negócios em geral, houve um recuo no percentual de consumidores endividados no último semestre de 2020, que foi de 83% no período contra 87% no primeiro semestre de 2020 e 89% no segundo semestre de 2019. O número total de compromissos financeiros assumidos pelo consumidor geral também caiu para 51% dos consumidores.
Considerando apenas os consumidores adimplentes, ou seja, aqueles em dia com seus pagamentos, 74% se declararam endividados no segundo semestre de 2020, contra 77% e 80% nos respectivos semestres anteriores. Já entre os inadimplentes, aqueles com dívidas atrasadas, também houve recuo no percentual de endividados, apesar de menor: 96% se declararam endividados, contra 97% e 98% nos semestres imediatamente anteriores.
A pesquisa constatou que o percentual de consumidores que precisou comprometer mais da metade da renda para pagar seus compromissos diminuiu para 47% nos últimos seis meses do ano passado ante 52% no semestre anterior e 59% no segundo semestre de 2019. Entre adimplentes, 40%, contra 43% no semestre antecedente e 49% no mesmo semestre de 2019. Considerando apenas inadimplentes, 57%, contra 60% no primeiro semestre de 2020 e 68% no segundo semestre de 2019.
Para Flavio Calife, economista da Boa Vista, o auxílio emergencial e a cautela do consumidor em assumir novas dívidas durante a crise causada pelo coronavírus. “As medidas de restrição e de isolamento social contribuíram para a redução do consumo no segundo semestre de 2020, que se refletiu nos números constatados pela pesquisa. O auxílio emergencial também teve papel fundamental para manter a inadimplência e o endividamento controlados”, explica.
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